...amovocê, e só, e fim.

Alguns amores duram só o tempo de dizer que se ama, ou ainda menos que isso.

Se pode amar alguém pela personalidade, convivência, as atitudes, caráter, beleza (exterior e interior)... enfim, pelo o que se espera que um amor se solidifique, e pelo o que se sabe teoricamente sobre ele.  
 Mas não necessariamente se ama pela contrução.



De repente, é  'só' um cacho de cabelo dançando sobre a face, um tom de voz engraçado, uma gentileza, um gesto, um sorriso esganiçado, temperamento particular, manias dispensáveis, educação (total falta dela, também)... 'só' por que se está  num momento propício a reciprocidade - seja ela sentimental ou sexual. 

Se ama no calor dos momentos, na euforia das vitórias... até aos inimigos. E talvez, tudo seja simplesmente essa espontaniedade que nosso sentimentalismo nos supreende e exige sempre.

Se for passageiro, ótimo! Ninguém determinou que tem que ser para sempre. 
Se for superficial, paciência... não há como diferenciar certas coisas quando se esta vivenciando-as intensamente, além disso, a gente sempre está preparado para amar mais uma vez (mesmo quando convencido que não). 
Se for fútil, tudo bem. Antes um amor fútil, a um ódio despropositado. 
Se for carente, egoísta, infantil, imaturo, ciumento, desequilibrado, louco, irracional...que seja, desde que seja!

E não, eu não estou justificando amores insanos, doloridos, doentios. 
É só que ainda torço mais por eles e pelas possibilidades de virem a ser algo de bem - ou deixarem de ser qualquer coisa, para darem espaço a algo melhor... Do que por esse disparate individualista do: amo apenas a mim mesmo, e o resto que se dane. Ou pela sensação de ser hipócrita, falso, interesseiro, por que naquele miléssimo de segundo, você amou alguém, de verdade - ainda que pouco.

Portanto, sejamos sim: superficiais, miudos, momentâneos, inconsequentes, irracionais -  Mas que sejamos "amor, e a outra metade, também", e aceitemos nossa impulsividade de ser sentimento e só. 
Que deixemos de desperdiçar declarações á toa, por convenções mais á toa ainda. Ou de impedir sentimentos nascendo, por futuras mortes pre-vivenciadas. Que amor seja sinônimo de leveza, liberdade, vontade, e que os clichês  da 'incondicionalidade'  e eternidade deixem de ser teoria.  

Que a lei seja una, plena... FELICIDADE!

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