TraiDOR.
Não sou fervorosamente católica, mas me encanto com a história do Judas, especialmente com o seu fim. Para ele não bastou o enforcamento, teve também o título eterno de traidor, a chacota, desprezo, desonra... será que foi "só' isso? Quero dizer, o que o pobre Judas (antes de se enforcar) pode ter sentido, pensado e vivido desde que traiu Jesus ?
Na minha opinião, aquele que trai, tenta inutilmente justificar sua própria incapacidade de lidar com uma situação - seja ela de frustração, mágoa ou inveja.
O traidor sempre é o que mais perde na traição. Ele é o vilão para os outros e a vítima de si mesmo. É o que - de maneira errada e possivelmente irreversível (no caso de relacionamentos amorosos), busca desesperadoramente por um preenchimento que jamais encontrará nos demais, pois não possui em si. É o covarde que não tentou mudar, o imaturo que não soube lidar e o 'tão bom' que por se achar bom e esperto demais, acabará na solidão com sua esperteza.
Nada vale uma traição. Trair é atestar mediocridade, falta de amor próprio.
As traições amorosas são desprezíveis, e as de amizade não ficam por menos. Traição dentro da própria família é desumano, e no ambiente de trabalho, é pura e simples sabotagem... Aliás, qualquer tipo de traição nada mais é que: Trair a si mesmo - desonrar escrúpulos, macular o caráter, desmerecer um mínimo de consideração e confiança (dos outros e de si) que se precisa para viver bem.
Se você(s) Judas é traidor e sentiu/percebeu/viveu tudo isso só depois de ter traído, eu francamente, não sinto muito.
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