Precisamos falar sobre assedio.





 Olha, eu vou tentar nem entrar no assunto feminismo aqui embora seja o que me deu respaldo para o tema. Quem me conhece sabe que eu nao sou a favor (pelo menos nao DISSO que chamam de feminismo hoje em dia), mas conheco e troco opinioes com muitas pessoas adeptas a ele.
 Foi de uma delas que li hoje um relato sobre como ela foi assediada uma vida toda por homens, machistas, opressores, etc. Pessoas que de forma direta ou indireta fizeram ela se sentir invadida, vitimizada, impotente.
 Tudo que eu consegui pensar ao ler o texto dela é que eu tambem ja me senti assim... mas eram mulheres!
 Eu tambem ja fui invadida sem consentimento quando tinha pouca ou nenhuma consciencia do que estava acontecendo, tambem ja vi pessoas proximas a mim serem vitimizadas de maneira desumana por seres do sexo feminino. Eu, ja fui MUITO agredida psicologicamente por uma criatura femea (sou incapaz de chama-la de humana), assisti, nao uma, mas varias vezes, casos reais de mulheres que matam, sequestram, abandonam, e sim, ate abusam sexualmente e estupram outras mulheres e/ou homens. Eu, nao minha amiga, nao uma conhecida, nao uma pessoa ficticia, ja fiquei por um triz de ser agarrada A FORCA duas vezes na vida, ambas eram mulheres. Eu fui excluida, reprimida, julgada na minha escola (o famoso bullying) por mulheres que pensavam ser boas demais para se misturarem comigo e, ja que toquei no assunto, vi um video assustador de 3 mulheres ameacando uma outra por pura diversao, torturas pesada mesmo, do tipo, encostar um prego no olho da outra ameacando furar enquanto riam e gravavam para por na rede social - mulheres que, se muito tinham, era 13/14 anos.
 A verdade é que é muito facil falar de sororidade quando eu sou minoria nas estatisticas, é muito facil jogar a culpa de todas as atrocidades no genero que nao nos inclui pq se for colocado na especie, acaba nos atingindo. Muito facil ser so vitima quando existem dois lados e so queremos exergar o nosso. A minha sorte - ja que o texto se trata de mim, é que eu escolhi nao me omitir, nao compactuar, nao procurar culpar, generalizar, apontar o dedo pra cegar a dura realidade: temos um problema de espécie, nao de genero.
 Seja homem, seja mulher, se ultrapassar meus limites, havera consequencia, retorno, justica. E sim, ok, devemos nos ajudar, nao calar, nao compactuar. Devemos lutar por direitos, melhorias, evolucao. Devemos muita coisa, mas devemos como humanos, nao como macho, nao como femea, nao como eu, ou como voce... nao somos categoria, somos uma totalidade cheia de nuances.

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