Dormir de coracao.

A gente nao dorme de conchinha. 

A gente ate tenta, mas dura so os primeiros minutos do sono e dai cada um procura uma posicao mais confortavel. Entendam, conchinha é maravilhoso tal como todos os cliches declamados a respeito, contudo, limita o espaco e movimento, voce opta por estar completamente conectado ao outro e em troca disso, abre mao de espaco proprio. Passamos dessa fase...

Hoje em dia, dormimos de coracao. Ele diz que precisa estar me tocando para saber que eu estou ali em seguranca ao lado dele e eu, preciso do toque dele para sentir que estou segura com ele ali, perfeicao entre vontades e deveres, entao encontramos essa posicao "de coracao", ambos, de brucos, cada um do seu lado da cama, com as cabecas para os lados opostos, movendo-se livremente, exceto por um pezinho grudado na parte central da cama, onde os dois pes se encontram e dedinhos midinhos das maos entrelacados, partezinhas do corpo conectadas lembrando do outro ali, da presenca, da importancia, da parte e participacao, uma pose certamente menos romatica e supervalorizada como a conchinha, podendo ser vista por alguns ate como uma pose "libertina" demais para um casal que se ama e dorme junto, mas que se olhada por outro angulo (por cima), chega a ser ate mais lirica, pois, forma um perfeito coracao, um coracao criado de rotina, de vontade de estar ali, de amor pelo outro, pelos dois e por si mesmo.

Nao precisamos estar completamente grudados e limitados para sabermos do nosso amor, precisamos apenas senti-lo e ter a cada dia mais essa plenitude preechendo so por ele existir, mesmo que com pontinhas, detalhes e coisinhas tao aparente miudas que se tornam essenciais, pois, sao invisiveis aos olhos - como bem citou certo livro.

Procurei uma imagem para ilustrar e nao achei, montei essa que se aproxima da original.

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