A alma nos olhos.
Essa semana meu marido decidiu colocar um espelho no box do banheiro para poder se barbear.
E eu nao sei se voce ja vivenciou essa experiencia, mas a sensacao inicial é terrivel. Cada gota que escorre naquele espelho, é um vulto imaginario que me assusta durante o banho. Fora a esquisitissima ideia de estar "sendo observada" no meu momento de nudez vulneravel. Ainda assim, hoje me peguei encarando aquele espelhinho. Bem pequeno, na parede lateral do banheiro. Localizado estrategicamente para refletir apenas o rosto.
Entre vapor e gotas, consegui enxergar meus olhos.
"Nossa, que olheiras sao essas?" Pensei enquanto recapitulava como foram minhas ultimas noites de sono, ou se minha saude esta em dia. No meu devaneio, percebi um movimento da pupila do meu olho e resolvi aprecia-lo com mais cuidado. Lembrei, instantaneamente, que em alguns desenhos animados, a pessoa fica com olhos "sem alma", e fiquei muito satisfeita em constatar que, apesar da minha olheira gigantesca, a minha alma estava todinha la. Meu olho brilha, brilha mesmo, como se estivesse iluminado. E por mais narcisista que isso possa soar, naquele momento eu me apaixonei pela alma dos meus olhos. Me apaixonei por ver, entre olheiras, espinhas e ate algumas marcas de expressao, uma alma que eu reconheco, que construi e que me acende.
E como se o vapor do banho que borra o espelho e as marcas da vida que, supostamente, "enfeiam" o rosto, fossem apenas uma desculpa para acender ainda mais a alma nos olhos. Ou sera qua nao sao justamente essas (as vivencias que nos borram e nos marcam como vivos) as razoes dos olhos nao serem desalmados? A razao da luz dos olhos? Como diria certa musica.
Supor saber a resposta é tao em vao quanto procurar razao no que a nossa alma reflete. Melhor mesmo é manter essa alma acesa, seja como for, seja quando der e deixar que nossos olhos expliquem por si, aquilo que ha dentro de nos.
E eu nao sei se voce ja vivenciou essa experiencia, mas a sensacao inicial é terrivel. Cada gota que escorre naquele espelho, é um vulto imaginario que me assusta durante o banho. Fora a esquisitissima ideia de estar "sendo observada" no meu momento de nudez vulneravel. Ainda assim, hoje me peguei encarando aquele espelhinho. Bem pequeno, na parede lateral do banheiro. Localizado estrategicamente para refletir apenas o rosto.
Entre vapor e gotas, consegui enxergar meus olhos.
"Nossa, que olheiras sao essas?" Pensei enquanto recapitulava como foram minhas ultimas noites de sono, ou se minha saude esta em dia. No meu devaneio, percebi um movimento da pupila do meu olho e resolvi aprecia-lo com mais cuidado. Lembrei, instantaneamente, que em alguns desenhos animados, a pessoa fica com olhos "sem alma", e fiquei muito satisfeita em constatar que, apesar da minha olheira gigantesca, a minha alma estava todinha la. Meu olho brilha, brilha mesmo, como se estivesse iluminado. E por mais narcisista que isso possa soar, naquele momento eu me apaixonei pela alma dos meus olhos. Me apaixonei por ver, entre olheiras, espinhas e ate algumas marcas de expressao, uma alma que eu reconheco, que construi e que me acende.
E como se o vapor do banho que borra o espelho e as marcas da vida que, supostamente, "enfeiam" o rosto, fossem apenas uma desculpa para acender ainda mais a alma nos olhos. Ou sera qua nao sao justamente essas (as vivencias que nos borram e nos marcam como vivos) as razoes dos olhos nao serem desalmados? A razao da luz dos olhos? Como diria certa musica.
Supor saber a resposta é tao em vao quanto procurar razao no que a nossa alma reflete. Melhor mesmo é manter essa alma acesa, seja como for, seja quando der e deixar que nossos olhos expliquem por si, aquilo que ha dentro de nos.
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