Amor

Eu não imploro amor, não mais. 
E isso é muito mais que uma opção, é uma experiência de vida - uma sabedoria que só se adquire depois de uma longa, dolorida e intensa prática. 

É uma das coisas que você passa a entender por que dentre essa opção, ou a de continuar sofrendo, ela é a menos ruim a escolher e seguir. 
Por que depois de tantas quedas e enganos, você percebe que se tem de ser implorado, é por que não é amor - é mesquinhez, miudeza, supérfluo.



Amor mesmo não se pede, não se implora, não se busca...ele nos encontra, nos cativa e se deixa conquistar.

Quando é amor mesmo, você não precisa de esforços sensacionalistas, episódios cinematográficos ou motivos heroicos para ter/manter, você só precisa seguir um fluxo natural de mutualidade, manutenção (sim, até o amor precisa), vivências... Enfim, um fluxo quase inato que a gente tem para conduzir o que é bom e o que é de verdade junto da gente.

Amor mesmo se importa, e cuida, e quer. 
Ele não te exige o que você não pode dar, ou tenta mudar quem você é. Ele valoriza o que se tem para oferecer como a maior riqueza existente, e jamais permite indiferença, desprezo, vergonha. Jamais te nega, ou se omite, te trata como opção, ou como preenchimento para necessidades específicas (carência afetiva, sexual, de amizade, enfim.)

E talvez, mesmo com tanta complexidade...esse tal de amor ainda corra o risco de ser só uma coisa incompleta, indefinida, e mutável. Uma relatividade que só se pode ter e doar a si e por si mesmo, e que nunca  irá alcançar a plenitude realmente. Que não passe de um clichê, uma utopia, um sonho sem nexo, uma fantasia sem proposito, individual... eu não sei. Mas eu quero que nem que só seja só mesmo, seja.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Nosso visto K1,

Beijar a flor e provar o fel... ou o mel.

Dois mil e OUSE.