Eu já fui mais desaforada.
Não trazia ódio, remorso ou mágoa comigo por que descontava tudo na hora, no impulso, em quem fosse... sem dó ou piedade. Não pedia conselhos, nem aceitava criticas. Não me conformava com a miudeza, mesquinhes e me revoltava muito com a maldade de alguns. Combatia inveja com 'matar de inveja'. Gritava com quem merecia grito, brigava com quem era de briga. Me irritava, alterava, infartava, mas não deixava por menos, não saia por baixo, por pouco... aliás, pouco sempre foi motivo para muito e muito era incentivo para mais ainda... Eu era pequena afinal.
Hoje é claro, as vezes ainda me irrito, me altero, fico inconformada, incomodada... ainda me deixo (infelizmente) atingir por algumas coisas e pessoas, mas diferente de antes, agora sei que todos os clichês estavam certos e isso faz toda a diferença na minha forma de levar a vida.
Sei por exemplo, que "níveis" são sim, compatíveis, e que se envolver com certas coisas é 'nivelar-se' a elas. Ninguém odeia feios, chatos, fracassados, as pessoas odeiam aquilo que não tem, que não são, aliás, odeiam a própria incompetência e de um jeito muito louco e nada saudável, transferem suas frustrações para as outras. Inveja não se combate, pois, quão melhor se é/está, mais inveja se atrai e não compensa abster-se de tanto bem em prol da malícia dos outros.
Um sorriso é tudo que se precisa para enfrentar o mundo e definitivamente a defesa é o melhor ataque, especialmente quando a nossa defesa é uma plenitude de amor, amigos, felicidade, enfim, de coisas, pessoas e situações que nos preenchem do melhor que se pode ter. Vingança é um prato que se come frio mesmo, contudo, a gente nem precisa cozinhá-lo... o mal por si só se destrói! E acima de tudo... ser feliz consome muito... consome tanto que não tem/dá espaço para mais nada e essa é a maior verdade que nenhuma 'recaída para a época desaforada' ou mal do mundo pode tirar de mim... eu sou/estou muito feliz e EM PAZ, independentemente!
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