Vai.

Tenho sentido uma vontade absurda de deixar todo mundo ser livre. Não sei o que me move, mas não me deixa muito espaço para racionalidade - considerando que estou plenamente consciente de que isso pode me levar pessoas que talvez jamais reencontrem seu caminho no meu.

Por outro lado, encaro como uma concretização de algo que já existe, que sempre existiu e por Deus, eu preciso realmente que isso se torne fato, preciso realmente compreender que ninguém é meu e que justamente por isso, não devo me doar e me doer tanto. Não devo me deixar levar pelas trocas, opções, escolhas de ninguém... ou me culpar por elas, me interrogar por elas, padecer nelas.

As vezes dói mais do que se pode descrever, é uma solidão opcional, passional, necessária e como não se pode deixar de ser, diante da minha humanidade, acabo fraquejando as vezes, uma ou outra recaída - não mais, eu espero. Me alívio na ideia de pelo menos estar tentando e esse é o maior passo que dei até agora... Por falar em passos, existe, portanto, uma visão mais otimista da 'coisa toda', pode ser o jeito meio louco, torto, até conspiratório que a vida está dando de mover esse trânsito interditado na minha porta, esse acúmulo de gente sem utilidade, exceto pela função de impedir que quem precisa chegar, chegue. De, quem tem que ir, parta definitivamente, de quem vai ficar, saia do perdido e de 'desatravancar' o meu caminho... "Eles passarão, Eu passarinho." compreendo finalmente.


* A nível de curiosidade, a inspiração do título foi a música Vai, da cantora Ana Carolina... digna do texto, digna da situação, digna de TODAS as pessoas que se encaixam aqui.

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