Bancando a gringa.
Depois de quase quatro anos de zoacao com as confusoes de portugues que meu marido faz, ele finalmente comeca a acumular material para a doce vinganca contra mim.
(Eita jovem! Pra que esse odio no coracao?)
Agora que estou aqui, vivendo em outro pais, aprendendo a falar outra lingua, na pratica... Agora que o mundo girou (um dia da caca, outro do cacador baby, pode crer!) e eu estou no lugar dele - sendo a "gringa" da historia - eis meu turno de perolas linguisticas constrangedoras e engracadas:
Situacao 1:
Estava eu na piscina do condominio quando uma das vizinhas, uma senhorinha muito simpatica, comeca a puxar assunto comigo; entre uma conversa e outra, comeco a contar a ela sobre o meu Brasil brasileiro e se da o seguinte dialogo.
- [...] Brasil tem muita BITCH, e eu amo BITCHES!
- Ama o que?
- BITCHES!
Eu queria dizer que no Brasil tem muitas PRAIAS (BEACH) e que eu adoro praia, mas devido a minha pronuncia, acabei dizendo que o Brasil tem muitas PUTAS(BITCHES) e que as amo. Passei por lesbica (se fosse so pela homossexualidade ainda dava pra passar, maaaaas) e ainda por cima, devassa.
Situacao 2:
Estavamos recebendo em casa um pessoal do trabalho, em determinado momento, um dos funcionarios disse:
- Se voce precisar de algo (para ajudar na sua adaptacao), minha esposa sempre ta em casa, voce pode ligar para ela e pedir.
E eu (que perdi a grande chance de ficar calada, pra variar!) respondi:
- Ah, eu realmente preciso de algo, preciso de um POOP!
Ele me olhou como se eu fosse um alienigena muito bizarro e meu marido, que estava do meu lado, segurou o riso e corrigiu: PUPPIES, ela precisa de PUPPIES!
Simplesmente eu disse ao rapaz que o que eu realmente precisava era de um "tolete", ja que POOP se refere a fezes, mas na verdade o que eu queria dizer e que eu preciso de um filhote de cachorro, um PUPPIES para me fazer companhia. Ele segurou o riso tambem e continuamos agindo como se nada tivesse acontecido, aposto que eu fui o "meme" da semana da empresa.
Entre "too much", bitches e poop, so morreu mesmo a lingua, porque eu continuo bem disposta e com muito humor para aprender como deixar de ser a "gringa" dessa historia.
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