Domando monstros.
Eu nao sou boa em matematica, nunca fui.
Como meu irmao bem traduziu no meu ultimo momento de desespero com essa danada: "a gente é meio burrinho para matematica mesmo". E tudo bem tambem, sabe? Porque assim que tive a chance, tranquei esse monstrinho no cofre mais lacrado que pude, no fundo mais fundo do meu armario da alma e prometi nunca mais soltar.
Mas a vida, né? Ah, a vida! Nos meus quase trinta anos, depois de mais de dez anos sem enfrentar a fera, descobri que, caso quisesse continuar no caminho do meu sonho, eu teria nao so que destrancar a matematica, mas doma-la. Doma-la na sua forma mais bestial, mais complexa (ou eu achava que a matematica ficaria estagnada la no bauzinho?) Ela cresceu, a peste! Cresceu e muito. Se juntou com uma ruma de letras, e expoentes, e fracoes, e sinais... Tascou uma pitada chocante de ingles, so para estar fora do meu idioma nativo ,e agora se chama algebra. Pense num monstro nutrido!
E esse monstro tremeu minha base. Digo sem vergonha. Me fez chorar de raiva, de frustracao. Acordou fantasmas de uma garotinha que, logo no inicio da vida escolar, ja se achava extremamente burra por nao conseguir ser a aluna nota dez que era em todas as outras materias e da adolescente que reprovou em matematica no ensino medio porque, de fato, nunca na vida aprendeu a lidar com os numeros. Ao menos nao com a facilidade que lida com as palavras (que pra ela sao tao mais faceis, tao mais logicas. - Pasmem, eu disse LOGICAS mesmo). Esse monstro, me fez, nos ultimos 13 dias (afinal, tudo agora se trata de numeros agora), estudar incasavelmente por varias horas. Esse monstro, deu na minha cara dos dois lados. Na primeira vez que nao passei no teste, mostrando que de nada adiantava meu esforco sem foco. E do outro lado da face, na segunda vez que nao passei no teste. Ensinando que de nada vale o esforco e o foco, se o psicologico nao estiver equilibrado. Se a cabeca e o coracao nao estiverem tranquilos, Porque todo excesso, ate de estudo, é venenoso.
Hoje, contudo, eu e o monstro fizemos as pazes. Fiz a prova pela terceira vez e as coisas fluiram de maneira mais leve. Cada calculo gigantesco que dava num daqueles numerozinhos das opcoes, era uma vitoria inenarravel para mim. E eu comemorei cada questao acertada. Mais que isso, eu entendi, realmente entendi, cada erro cometido nas questoes que nao deram certo. Talvez, pela primeira vez na vida, a tal da matematica nao me assustou a ponto de me paralizar. A ponto de me fazer questionar minha capacidade. Pela primeira vez, a Jessica "de humanas" ta sentindo a transicao para outra area de forma natural, sem doer tanto (apesar das cicatrizes). Uma transicao que ta vindo como fruto de um esforco autonomo. De um trabalho arduo.
Hoje eu passei em matematica, nao foi ela que passou por (cima de) mim. E dentre as tantas outras batalhas em que ela me venceu. Dentre as tantas outras batalhas que virao, hoje, e so por hoje, eu gostaria de dizer ao mundo: CHUPA BASKARA! haha
Matematica, eu nao te amo, mas tambem nao te odeio mais.
Como meu irmao bem traduziu no meu ultimo momento de desespero com essa danada: "a gente é meio burrinho para matematica mesmo". E tudo bem tambem, sabe? Porque assim que tive a chance, tranquei esse monstrinho no cofre mais lacrado que pude, no fundo mais fundo do meu armario da alma e prometi nunca mais soltar.
Mas a vida, né? Ah, a vida! Nos meus quase trinta anos, depois de mais de dez anos sem enfrentar a fera, descobri que, caso quisesse continuar no caminho do meu sonho, eu teria nao so que destrancar a matematica, mas doma-la. Doma-la na sua forma mais bestial, mais complexa (ou eu achava que a matematica ficaria estagnada la no bauzinho?) Ela cresceu, a peste! Cresceu e muito. Se juntou com uma ruma de letras, e expoentes, e fracoes, e sinais... Tascou uma pitada chocante de ingles, so para estar fora do meu idioma nativo ,e agora se chama algebra. Pense num monstro nutrido!
E esse monstro tremeu minha base. Digo sem vergonha. Me fez chorar de raiva, de frustracao. Acordou fantasmas de uma garotinha que, logo no inicio da vida escolar, ja se achava extremamente burra por nao conseguir ser a aluna nota dez que era em todas as outras materias e da adolescente que reprovou em matematica no ensino medio porque, de fato, nunca na vida aprendeu a lidar com os numeros. Ao menos nao com a facilidade que lida com as palavras (que pra ela sao tao mais faceis, tao mais logicas. - Pasmem, eu disse LOGICAS mesmo). Esse monstro, me fez, nos ultimos 13 dias (afinal, tudo agora se trata de numeros agora), estudar incasavelmente por varias horas. Esse monstro, deu na minha cara dos dois lados. Na primeira vez que nao passei no teste, mostrando que de nada adiantava meu esforco sem foco. E do outro lado da face, na segunda vez que nao passei no teste. Ensinando que de nada vale o esforco e o foco, se o psicologico nao estiver equilibrado. Se a cabeca e o coracao nao estiverem tranquilos, Porque todo excesso, ate de estudo, é venenoso.
Hoje, contudo, eu e o monstro fizemos as pazes. Fiz a prova pela terceira vez e as coisas fluiram de maneira mais leve. Cada calculo gigantesco que dava num daqueles numerozinhos das opcoes, era uma vitoria inenarravel para mim. E eu comemorei cada questao acertada. Mais que isso, eu entendi, realmente entendi, cada erro cometido nas questoes que nao deram certo. Talvez, pela primeira vez na vida, a tal da matematica nao me assustou a ponto de me paralizar. A ponto de me fazer questionar minha capacidade. Pela primeira vez, a Jessica "de humanas" ta sentindo a transicao para outra area de forma natural, sem doer tanto (apesar das cicatrizes). Uma transicao que ta vindo como fruto de um esforco autonomo. De um trabalho arduo.
Hoje eu passei em matematica, nao foi ela que passou por (cima de) mim. E dentre as tantas outras batalhas em que ela me venceu. Dentre as tantas outras batalhas que virao, hoje, e so por hoje, eu gostaria de dizer ao mundo: CHUPA BASKARA! haha
Matematica, eu nao te amo, mas tambem nao te odeio mais.
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