'Des'piorar.
Na pior das hipóteses
as coisas vão piorar, não por merecimento, mas por força e capacidade mesmo, por estarmos perfeitamente aptos a suportar.
Na pior das hipóteses
a morte de alguém querido vai chegar, não por ser a hora certa ou para a ida ao tão utópico 'lugar melhor', simplesmente por evitação de uma futura dor maior, por mérito de ter completado a missão que foi dada na terra.
Na pior das hipóteses
vai faltar dinheiro, emprego e sobrar desespero, não por questão de injustiça, mas sim de valorização daquilo que se tem, por reflexão do que faz efetivamente falta e principalmente por merecimento do que deve ou não deve ser da gente.
Na pior das hipóteses
as relações serão rompidas, e 1 + 1 passará a ser só um, por que na verdade, nunca foi dois mesmo - no máximo um e meio e assim não funciona.
Na pior das hipóteses
amizades tornar-se-ão apenas 'laços invisíveis,' por que cada qual segue um caminho diferente. Não é sobre a gente, sobre perdermos as pessoas, é sobre todos crescerem, seguirem em frente como devem seguir.
Na pior das hipóteses
o corpo será acometido por doenças, a alma estará atormentada e a vida perderá o sentido (aparentemente), a gente vai acabar achando que não pode mais, quando na verdade resta-nos ainda a melhor das opções: ter fé.
Na pior das hipóteses
o sorriso ficará rarefeito e as dores da vida tomam conta, ainda assim, haverá perdido em algum lugar nosso, a capacidade de sorrir, basta querer.
E se, na pior das hipóteses
a gente parar até mesmo de querer qualquer coisa, sempre haverão os que lutarão por nós, pois, por mais que não pareça, nós nunca estamos sozinhos nesse mundo.
Na pior das hipóteses vai parece conformismo, utopia, ilusão, fantasia...
mas só para aqueles que realmente não tem mais por que acreditar.
(Ainda assim, para estes, na pior das hipóteses, há a escolha.)
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