Gays, Lésbicas, Simpatizantes - Héteros e eu.

Quando pela milésima vez tenho um diálogo deste tipo com meu namorado:

- Ah, fulano?
- É, esse tal de fulano mesmo.
- HAHAHAHAH
- Qual a graça?
- Você vai creditar se eu disser que ele também é gay?
- Ah ta! Todos eles são sempre gays, você só tem amigo gay é?

  Veja bem, não é que eu tenha só amigos gays, na verdade, os amigos são os mesmos de quase sempre: o Marquinhos, aquele que cursou ensino médio comigo; o Jonas, meu vizinho desde infância; a Margot, filha da amiga de mamãe, ou a Cibele, amiga do meu irmão... São pessoas que entraram na minha vida antes mesmo de eu saber algo sobre opção sexual, ou até que entraram depois - como respectivos e respectivas dessas pessoas que citei. O que vem realmente ao caso, é que de uns tempos para cá, eles apenas deixaram de ser embutidos e foi - absolutamente - só isso que mudou. 

  É claro, existe ainda muita gente preconceituosa, que não (se) aceita, ou prefere fingir que não vê, que não existe... Ainda assim, o homossexualismo (o bi, o tri, o a...) tem ganhado mais terreno e em decorrência disso, muitos armários foram entregues as traças e teias de aranha para serem substituídos pela divulgação, ou pelo menos, pela aceitação - Afinal, quem precisa ficar divulgando pro mundo o que é ou deixa de ser, está na verdade em constante reforço daquilo que não tem certeza de si.

  E eu até concordo que tenho sim, muitos amigos gays, mas sou capaz de apostar que tenho tantos quanto o Valdir, aquele cafajeste do boteco; a Poliana, minha tia evangélica fervorosa; o meu pai, um grande machista convicto... A principal diferença entre eles e eu, é que dou espaço suficiente para que cada um seja o que bem entender (desde que respeite o que eu quero ser - nesse caso, hétero e totalmente despreocupada com o que fulano ou sicrana faz das suas genitálias, se estas não tiverem nenhuma relação com a minha, claro) deste modo, ninguém (precisa ser) é falso (se faz de) comigo, e todos vivem numa boa com a sua opção.

 Além disso, quando estamos satisfeitos com nossas próprias opções e realizados em nossas convicções, os outros são apenas os outros - a gente passa a se importar mais com o que nós mesmos fazemos, queremos e temos, afinal, é só isso que precisamos e que importa para sermos felizes.









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