Devaneios (tolos?)
Ela estufou o peito naquele dia cheia de orgulho próprio e mágoa incontida... jurou para si (no maior grito interno que poderia alcançar) não fazer mais parte de nada que a fizesse mal a partir do momento em que percebesse que estava fazendo. - independente do que ou quem estivesse em questão.
Decidiu que não valeria a pena sofrer ou passar por qualquer coisa minimamente parecida ao que a tinha feito tanto mal por anos preciosos de sua adolescência. E ensandecida por uma auto-misericórdia, fechou-se numa capa de sorrisos e alma inatingíveis que a carregaram nas turbulências da vida por longuíssimo tempo.
Um belo dia, percebeu estar sofrendo por tal atitude também, e cumpriu sua promessa trocando todo aquele 'bom-humor' forçado por sentimentos sinceros que vinham a tona de acordo com a situação.
Aquilo a expôs de uma maneira tão injusta que ela novamente se fragilizou e se deixou abater... mas por algum motivo não muito claro, gostou dessa sensação, pois talvez, tenha voltado a sentir pulsar sentimento e vida dentro de si.
Aguentou essa e tantas outras etapas de sofrimento por que descobriu apanhando o quão gratificante e recompensador é levantar-se de uma grande queda e continuar a andar. Então todos os dias passou a pedir a Deus que lhe dê obstáculos para descobrir a força que possui de superar-se e evoluir. Ao tempo em que agradece-o por tê-la dado não apenas os obstáculos, mas também tal força...
Escrevendo assim, a cada queda e recomeço, a história da menina que aprendeu a sorrir por não ter tido medo de chorar e que vai se tornando mulher justamente por ser frágil suficiente para se abater e forte o necessário para se recompor. Por viver e amar cada mínima coisinha que compõe isso.
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