Tivemos fim.



Eu a magoei.
Distribui-lhe bofetadas de uma alma que a muito tempo vinha sangrando de insensatez e desgosto.
Verbalizei-lhe farpas do meu cansaço infinito em tentar lhe querer bem, vê-la bem.
E sem nenhuma piedade, executei meu direito de sentença em não ter mais condições de lutar com ela, por ela, por aquilo que foi perdido, por mim, por nós.
Desisti como se essa fosse a minha única opção - embora me parecesse - e deixei-lha só com a sorte que escolheu para si. 
Por que embora me fosse muito óbvia a gratidão que a devia por tudo que já representamos uma a outra, me soou muito mais digno pensar em mim e em todo esse desgaste que aquela falta de amor próprio dela vinha me causando.
Chorei por nós, sofri por nós, perdi tempo e forças (mais por ela, do que por mim), mas me esvairi de sentir tudo aquilo sozinha. Então pela razão que me esbravejava pra ser considerada... continuei a sentir tudo sozinha, mas dessa vez, por mim mesma, como todo meu egoísmo saudável.

Dela não sei mais, ou pouco sei. Virou qualquer coisa irreal de um passado utópico.
Tornou-se uma lembrança embaçada sem conteúdo suficiente para se saber se era um sonho ou algo que realmente já existiu. E a nossa amizade, uma lenda que será contada aos nosso próximos como uma fábula ou história de terror qualquer.

Se perdeu de mim. Se perdeu de si mesma, se perdeu. 
E enquanto ela se perdia (perde), eu vou buscando me encontrar. Encontrar um auto-perdão por não ser mais resistente, persistente, vitoriosa em relação a nossa amizade. E uma justificativa por querer me amar ao ponto de não poder fazê-lo mais por ela.
Desvincularei-a do conceito amiga para não me tornar inimiga de mim mesma.

( Perdoem o conteúdo dramático do texto e até mesmo a falta de clareza dele...
São sentimentos soltos, traduzidos em palavras para que vocês possam entender o que eu também não entendo. ♪ )

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Nosso visto K1,

Beijar a flor e provar o fel... ou o mel.

Dois mil e OUSE.