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Mostrando postagens de março, 2011

Devaneios (tolos?)

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Ela estufou o peito naquele dia cheia de orgulho próprio e mágoa incontida... jurou para si (no maior grito interno que poderia alcançar) não fazer mais parte de nada que a fizesse mal a partir do momento em que percebesse que estava fazendo. - independente do que ou quem estivesse em questão. Decidiu que não valeria a pena sofrer ou passar por qualquer coisa minimamente parecida ao que a tinha feito tanto mal por anos preciosos de sua adolescência. E ensandecida por uma auto-misericórdia, fechou-se numa capa de sorrisos e alma inatingíveis que a carregaram nas turbulências da vida por longuíssimo tempo. Um belo dia, percebeu estar sofrendo por tal atitude também, e cumpriu sua promessa trocando todo aquele 'bom-humor' forçado por sentimentos sinceros que vinham a tona de acordo com a situação. Aquilo a expôs de uma maneira tão injusta que ela novamente se fragilizou e se deixou abater... mas por algum motivo não muito claro, gostou dessa sensação, pois talvez, tenha voltado

Essa sou.

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Sou de causas urgentes, sentimentos fortes, sonhos grandes. Sou de polêmicas extensas, debates sinceros, questões marcantes. Sou de transformações, metamorfose do que se era antes. Sou de discursos autênticos, personalidade firme, ursinhos na estante. Sou de cartas guardadas, lembranças marcadas, gênio irritante. Sou de vida intensa, alegrias e recompensas, amores e amantes. Sou de poucos amigos, muitos colegas, sempre o bastante. Sou de cicatriz aberta, feridas expostas, vingança dominante. Sou de dar e receber, querer e buscar, ir sempre adiante. Sou de imediatismo, intuição reforçada, signos, cartomantes. Sou de supertições tolas, crenças sólidas, destino errante. Sou o que Deus criou e o diabo tocou  para que te encante. Sou de carisma sedutor, bem incontido, história excitante. Sou da saúde frágil, do bom presságio, da alma grande. Sou um espírito aprendendo, embora péssima estudante. Sou o laço no dedo, a careta na foto a irreverência contagiante. Sou de bag

Tivemos fim.

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Eu a magoei. Distribui-lhe bofetadas de uma alma que a muito tempo vinha sangrando de insensatez e desgosto. Verbalizei-lhe farpas do meu cansaço infinito em tentar lhe querer bem, vê-la bem. E sem nenhuma piedade, executei meu direito de sentença em não ter mais condições de lutar com ela, por ela, por aquilo que foi perdido, por mim, por nós. Desisti como se essa fosse a minha única opção - embora me parecesse - e deixei-lha só com a sorte que escolheu para si.  Por que embora me fosse muito óbvia a gratidão que a devia por tudo que já representamos uma a outra, me soou muito mais digno pensar em mim e em todo esse desgaste que aquela falta de amor próprio dela vinha me causando. Chorei por nós, sofri por nós, perdi tempo e forças (mais por ela, do que por mim), mas me esvairi de sentir tudo aquilo sozinha. Então pela razão que me esbravejava pra ser considerada... continuei a sentir tudo sozinha, mas dessa vez, por mim mesma, como todo meu egoísmo saudável. Dela não sei mais, ou

Cale-me se for capaz.

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A verdade é que não levo nem nunca levei jeito com as palavras. Abuso delas, extrapolo, misturo-as.  Faço-me entender, ainda que precise fugir do contexto. E embora utilize-as na maioria das vezes para levar alegria, dizer coisas doces, verdades bonitas e fazer sorrir... Existem aquelas em que causo feridas, mágoas e geralmente, cicatrizes que simplesmente não desaparecem de tão profundas que se tornam. Induzo minhas orações por uma personalidade forte que não se permite a politicagens para dizer o que tem que ser dito. Sejam coisas construtivas ou altamente corrosivas. Não gosto de arrudeios, meias histórias sem pontuações claras e definitivas... nem tão pouco sou capaz de reprimir minhas verbalizações, sejam elas necessárias ou não. É como se minha essência fosse construída de verdades incontestáveis para mim, pelas quais luto, saio no tapa e ofereço a outra face caso necessário. Ou, de qualquer forma, grito, esbravejo, cedo a quem estiver disposto (ou não) a ouvi-las, debat

Prece de Cáritas

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Deus, nosso Pai, que Sois todo poder e bondade, daí força àquele que passa pela provação, dai a luz àquele que procura a verdade, pondo no coração do homem a compaixão e a caridade. Deus! Dai ao viajor a estrela guia, ao aflito a consolação, ao doente o repouso. Pai! Dai ao culpado o arrependimento, ao espírito a verdade, à criança o guia, ao órfão o pai. Senhor! Que vossa bondade se estenda sobre tudo o que criastes. Piedade, Senhor, para aqueles que não Vos conhecem; esperança para aqueles que sofrem. Que vossa bondade permita aos espíritos consoladores derramarem por toda parte a paz, a esperança e a fé. Deus! Um raio, uma faísca do Vosso amor pode abrasar a terra. Deixai-nos beber das fontes desta bondade fecunda e infinita e todas as lágrimas secarão, todas as dores acalmar-se-ão. Um só coração, um só pensamento subirá até Vós, como um grito de reconhecimento e de amor. Como Moisés sobre a montanha, nós Vos esperamos com os braços abertos, Oh! Poder. Oh! Bondade. Oh! Beleza. Oh

É dEla.

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Mamãe, mamãe, mamãe eu me lembro o chinelo na mão, o avental todo sujo de ovo... Se eu pudesse, eu iria outra vez mamãe, começar tudo, tudo de novo. ♫ E quem me dera nesse recomeço, dizer mais vezes o quanto eu te amo. O quanto te vejo guerreira, mulher, rainha, vencedora. O quanto me orgulho da sua história, embora tenha tantas falhas, erros. Poder renascer mamãe, e ainda bêbêzinho te fazer sorrir, te dar meu mundo, pois sei que você me dá o seu até quando não mereço. Quem me dera mamãe, ter sido menos rebelde, geniosa, atrevida, dona da razão e ter mostrado que na verdade era tudo medo de fraquejar, de não poder te dar orgulho por ser forte, destemida, corajosa, ativa, como você sempre acreditou que sou. Agradecer mamãe, por todo o seu carinho, dedicação, afeto, apoio e te oferecer minha compreensão nos momentos em que precisaríamos inverter papéis, pois até as mães precisam de colo. E te dar este colo sempre pronto a te acolher, ainda que não tão explicitamente. Me