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Mostrando postagens de junho, 2011

Controladamente enamorados.

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Eu sou só uma menina quando se refere a minha idade, mas já aprendi e vivi o suficiente para saber que relacionamento não tem absolutamente nada a ver com o que ele vem se tornando atualmente. Conheço garotas muito novas envolvidas em namoros complexos, confusos e sufocantes - aliás, fui uma delas. Ao tempo em que os garotos que também se envolvem nesse tipo de namoro, vão se tornando rancorosos, frios, canalhas. Vejo banalização do sentimento amor de todas as maneiras, e antes estivesse me referindo só a essa "sexualização" exacerbada de tudo. Cada vez mais tem gente que mesmo com todas as oportunidades de desenvolver sentimentos bonitos, os reverte em mágoa, joguinhos de sedução baratos e acima de tudo, numa medida de forças desenfreada que só prova o quão desgastante pode ser querer se tornar o sexo forte. Conheço ainda, pessoas que verdadeiramente se gostam, mas  que simplesmente por não expressar isso de maneira correta e não saber aproveitar e cultivar esse sentim

Tem pô.

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O tempo é meu melhor amigo. A nossa relação é de um sentimento peculiar, irreverente, completo e imortal. Daqueles que domina discretamente e sem magoar. Que envolve, e de modo muito encantador frusta expectativas ao tempo em que as transforma em algo muito melhor, embora diferente do que se esperava. Ele é o tipo de amigo verdadeiro, que não está comigo só para apoiar o que eu faço, penso e quero, mas para ser apoio quando essas coisas não valem a pena ou não dão certo. A gente está sempre junto, se mantendo de mutualidade e aprendizado, por que enquanto eu me disponho a ele, ele vai adquirindo a habilidade de me proteger. E nessa constante troca de benefícios - ou não, os nossos laços vão se estreitando, fortalecendo. Passamos a nos aceitar de maneira nobre e a conviver como quase ninguém hoje em dia consegue: em paz. Pois, por mais que eu o decepcione ou erre com ele, ele está do meu lado. Do mesmo modo que sempre que  me frusto com suas atitudes, consigo confiar e manter a 

Dois mil e OUSE.

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Aquela não foi a primeira vez que me questionava sobre atitudes tomadas por essa impulsividade avassaladora que me domina e me leva a precipícios que de alguma forma eu gosto de estar. Pensei se agora não poderia ser diferente e emergindo a esse pensamento temi estar me enganando de novo, como nas vezes em que havia pensado igual. Mas isso era irrelevante, então arrisquei e me entreguei à possibilidade de dar certo.  Não que eu espere o ‘viveu feliz para sempre’, mas me fascino pela graciosidade do eterno risco que vale a pena, ainda que seja por um instante que compensará todo o resto. Quanto ao final, opto pelo desapego. Estou convicta de que ele é ilusório, inexistente, e estará sempre se desfazendo à medida em que tudo acontece, flui, se cria, reinventa, recomeça e evolui.  Aliás, faço questão de ‘virgular’ as coisas para não pôr fim naquilo que ainda pode ser escrito e que estando ao meu alcance manterei com aspas, hífens, parênteses, dois pontos e uma infinita reticência cham

Meninos.

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Lembrei-me hoje de todas as pessoas a quem devo parcelas de minha personalidade, minha vida...e lá estavam eles. Lá estava o jeito galanteador daquele que arrematou meu coração pela vez primordial, embora não a primeira vez. E a cumplicidade do outro que o segurou por um longo tempo, quando o galanteio diluiu-se na convivência. Lá estava o sorriso malícia de um que surgiu para explicar genuinamente as diferenças entre amor e ódio. E a lembrança daquele abraço aconchegante que só o próximo soube dar quando o ódio corroeu. Bem como, o humor peculiar que ele sempre compartilhou em gargalhadas comigo. Estava a sabedoria e vivências de um alguém que durou pouco, mas suficiente para me despir de preconceitos, e me preencher de re-significações. E ainda, o curioso desapego de um próximo, sua auto-suficiência e modernidade extremamente impactante com a minha. Estava os pedaços incoerentes dos demais, que em conjunto acabaram me moldando. Estavam também as expectativas nos que virão,

Felizmente (IN)definido.

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Todos os dias sei um pouco menos sobre o amor. Descubro novas teorias, clichês, especulações que fogem cada vez mais da plenitude deste sentimento. Hoje por exemplo, pela enésima vez me disseram que 'eu te mo não é bom dia' e inevitavelmente me questiono de onde surgem tantos padrões de significação teórica que na prática não significam absolutamente nada! Para mim, eu te amo é bom dia sim! Ouvir esta frase, senti-la, expressa-la, torna qualquer dia bom. E ainda que a referência seja a superficidade da constância com que a utilizamos, é válido, por que o amor é fulgás tanto quanto o bom dia que se torna boa noite, ou virse-versa. Aliás, figurinhas repetidas completam álbum sim. Não só as repetidas, mas as excêntricas também. Por que as pessoas mudam, as situações mudam, tudo é mutável e merece todas as chances que o destino oferecer. Quanto a dores, e desatinos descontentes, eu discordo. Amor não dói! Amor ensina, machuca, mas como palmadas corretivas de pais dando

Fazer do que foi feito.

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Me contaram sobre jovens que deram suas vidas por uma causa. De porcas que de tão gorda não andavam e de cálices de vinho tinto de sangue derramados por ai. Me contaram de um tempo que teoricamente se passou, mas que deixou suas marcas, histórias, exemplos.  Do sofrimento, da luta, revolta, revolução pela democracia, pela liberdade.  A tão comum liberdade - ou o que pensamos dela - nos dias atuais. Me contaram de pessoas envolvidas em escândalos, de mortes, torturas e de tudo o mais que houve para chegarmos a "evoluída" sociedade de hoje.  Soube de gente que esteve lá e que consegue contar sobre isso, de gente que não esteve mas que imagina como seja...  Sempre de gente, e nada mais. Gente pelo 'bem', pelo 'mal', por sua honra e glória naquilo que acreditavam da nossa pátria amada e idolatrada, independente dos vilões ou mocinhos.  Ouvi por vezes minha geração idolatrar épocas, símbolos, sonhos, mas poucas, ou nenhuma - vi essa mesma geração fazer algo mi