Meninos.




Lembrei-me hoje de todas as pessoas a quem devo parcelas de minha personalidade, minha vida...e lá estavam eles.

Lá estava o jeito galanteador daquele que arrematou meu coração pela vez primordial, embora não a primeira vez. E a cumplicidade do outro que o segurou por um longo tempo, quando o galanteio diluiu-se na convivência.
Lá estava o sorriso malícia de um que surgiu para explicar genuinamente as diferenças entre amor e ódio.
E a lembrança daquele abraço aconchegante que só o próximo soube dar quando o ódio corroeu. Bem como, o humor peculiar que ele sempre compartilhou em gargalhadas comigo.
Estava a sabedoria e vivências de um alguém que durou pouco, mas suficiente para me despir de preconceitos, e me preencher de re-significações.
E ainda, o curioso desapego de um próximo, sua auto-suficiência e modernidade extremamente impactante com a minha.
Estava os pedaços incoerentes dos demais, que em conjunto acabaram me moldando.
Estavam também as expectativas nos que virão, que me motivaram e motivam até hoje a continuar tentando.

Estava a saudade, a gratidão, a lembrança.
O orgulho, amor-próprio, ingenuidade, parceria, diversão e curiosidade.
As mágoas, alegrias, dores e cicatrizes. As lições, momentos, particularidades...
Tudo tão paralelamente, tão plenamente miscelado naquele estranho e incompleto conjunto de eterna busca chamado paixão.

Eles eram e continuarão sendo -para mim- os meus garotos.
E eu, a menina que apesar de tudo, gosta (e é grata) desses garotos de várias maneiras diferentes.

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