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Mostrando postagens de dezembro, 2012

Eu já fui mais desaforada.

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Não trazia ódio, remorso ou mágoa comigo por que descontava tudo na hora, no impulso, em quem fosse... sem dó ou piedade. Não pedia conselhos, nem aceitava criticas. Não me conformava com a miudeza, mesquinhes e me revoltava muito com a maldade de alguns. Combatia inveja com 'matar de inveja'. Gritava com quem merecia grito, brigava com quem era de briga. Me irritava, alterava, infartava, mas não deixava por menos, não saia por baixo, por pouco... aliás, pouco sempre foi motivo para muito e muito era incentivo para mais ainda... Eu era pequena afinal. Hoje é claro, as vezes ainda me irrito, me altero, fico inconformada, incomodada... ainda me deixo (infelizmente) atingir por algumas coisas e pessoas, mas diferente de antes, agora sei que todos os clichês estavam certos e isso faz toda a diferença na minha forma de levar a vida. Sei por exemplo, que "níveis" são sim, compatíveis, e que se envolver com certas coisas é 'nivelar-se' a elas. Ninguém odeia fei

Mim em dois.

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Como se possuisse o palpitar do meu coração submetido ao seu punho firme... no meio daquele nevoeiro de onde nada podia ser identificado - éramos eu, ele e um tipo estranho de diálogo sem voz acontecendo. Algo como consciente e inconsciente debatendo qualquer coisa - Senti que eu deveria ter medo, me retrair, mas meu instinto, meu tão presente impulso de todos os momentos, me permitiu continuar a conversa. - Então, Je (maldita intimidade que eu não permiti!) , você tem medo de morrer?  Perguntou-me ele com uma propriedade de quem já sabia a resposta (na verdade, era mais uma retórica do que uma interrogação propriamente dita).Criatura estranha, asquerosa, prepotente... uma caricatura do David Jones (Piratas do Caribe) apropriada nos meus próprios traços - Não, claro que não! - eu disse prontamente. - Ora, minha garota, a quem você pensa que engana? Todo mundo tem medo de morrer. - Continuou com aquela expressão irritante de quem estava dominando a conversa e um sorriso irônico

(IN)tuição.

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Há quem diga que intuição é dom.  Acho que dom mesmo é estar tão bem treinado para a vida a ponto de saber usá-la. Quero dizer, como pode ser a intuição um privilegio de poucos? Perante uma necessidade de sobreviver e uma vontade de viver tão intensa, tão presente em qualquer ser... não soa concernente a intuição vir como um "bônus extra", algum tipo de característica inata a poucos ou que é adquirida por menos ainda - uma anomalia (boa, mas ainda anomalia). Intuição é  a vida que grita para a gente "Viva e viva de tal modo, por tal caminho, com tal pessoa". É a voz interna guiando para o nosso melhor sempre. É parar numa estrada deserta e ainda que estando sem o mapa, encontrar o destino - que mesmo não sendo o destino procurado inicialmente, é o destino que é para ser da gente mesmo. É em só olhar para alguém, sentir o corpo e a alma em resposta a essa pessoa, numa expressão irracional e ao mesmo tempo impossível de ser ignorada racionalmente, uma