O meu garoto.
Era um garoto, apenas e tão somente isso. E me parecia muito óbvio que minha missão era protegê-lo. Não por essa fragilidade ilusória que ele aparenta, ou por sua pouca idade. Não por estar começando uma vida que muito vai machuca-lo, ou por não ser capaz de sarar suas próprias feridas ainda... não é por isso, nem por nada minimamente egoísta que possa ser cogitado. Devo protegê-lo como agradecimento a tudo que esse simples e pequeno grande homem já fez por mim e continua fazendo a cada ano que passa, a cada parcelinha de vida que somos muito honrradamente levados a compartilhar um com o outro. Devo protegê-lo por que me lembro dos segundos em que fraquejei e pude contar com seu ombro amigo, dos gestos que me disponibilizou nos momentos necessários, do abraço mais confortador que ja experimentei, da nossa cumplicidade e até mesmo daquele olhar específico ( de 'vou contar para mamãe') que me repreendia quando ninguém mais sabia como fazer. Lembro nesse garoto de uma pure