Para amanhã.
Eu planejo uma vida simples. Uma casa que seja acolhedora, daquelas que quando a gente entrar consiga perceber que é de verdade, mas que tenha uma cara de família e um vigor humano tão presentes, que se confunda com os sonhos. O cachorro vai fazer xixi na porta e toda vez que a gente chegar, vai pisar naquilo e gritar, "AI QUE ÓDIO DESSE CACHORRO", até perceber que ele discretamente está lá, sentado a nossa frente, com o rabo abanando e olhar baixo, um misto de desculpa e de saudade imensa "que bom que vocês chegaram em casa.". O gato será mal humorado e encantador como você... algo envolvido em mistério e fascinação, e ao ver o cachorro com toda a atenção voltada para ele, dará um jeito de provocá-lo para chamar também a nossa atenção... e a gente vai dar aquele sorrisinho divertido no meio do clima cansado de um dia exaustivo e descobrir hoje, de novo, que eles são nossa família. Na sala haverá nossas fotos coladas na parede (todas espontâneas, nad