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Mostrando postagens de outubro, 2011

Bem, SEMPRE bem.

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Ora, sejamos francos. É sabido desde sempre, que essa coisa de "para sempre" é utópica. Ninguém será essa projeção apaixonante que foi no começo, e nada permanece cativante como costuma ser agora, ou costumava ser a pouco tempo atrás.  A gente tem isso de se apegar ao que sabe que não existe, e querer dos outros o que nem nós mesmos podemos oferecer. De que me valeria eternidade, se o que me mantem viva é justamente o nascer?  O nascer do sol, o nascer dos dias, o nascer de novas pessoas em minha história, de novas situações.  O nascer dos sonhos, e o nascer de realidades vividas, criadas, reinventadas a cada instante.  As coisas simplesmente não nascem se não são mortais, finitas... elas não teriam motivo para tal, se fosse diferente. E embora pareça cruel demais a despedida e a adaptação rigorosa que nos obrigamos a cada nascimento, é como se a morte valesse por si mesma... de lição, de superação, de necessidade! Os calos, cicatrizes e cansaço que ficam, se transfor

PASSAnDO

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Estava decidido que a hora de olhar para trás havia chegado; e isso nada tinha a ver com covardia, ou saudade, arrependimento... Na verdade era só algo inevitável que vinha sendo adiado a tempos, devido a um medo corrosivo de não ser capaz de alegrar-se com a vida que tivera, as conquistas que fez, ou as pessoas que se envolveu. Uma apreensão de ter deixado banalidades dominarem, e as coisas realmente importantes sido esquecidas num trajeto que resolveu seguir por conta própria e assumir consequências. Decidiu voltar-se ao que passou por um motivo muito simples: o aprendizado. Percebeu que o que achava que tinha aprendido já não funcionava tão bem quanto costumava, e as soluções que reservou para as situações vividas, já não eram suficientes. Suas perguntas estavam acumulando-se, e suas pouquíssimas respostas, vinham abrindo espaço para lacunas... faltava plenitude, complemento, finalizações. Não que fosse um problema. Considerando que viver é genuinamente incompleto realmente -

Dia das crianças

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está chegando. Aproveite para se divertir como costumava nos anos dourados da sua infância.  E se eles não foram tão radiantes assim, melhor ainda... aproveite também para reinventá-los como preferir, e usufruir deles como gostaria. Mesmo que só por um ou dois dias, brinque como se disso dependesse sua felicidade. Faça piada, conte histórias, participe de brincadeiras com seus filhos, amigos, namorado(a).... Sorria com verdade e inocência das coisas pequenas que já foram muito engraçadas para você. Seja puro e franco em suas colocações e atitudes, como se nunca tivesse tido sua alma de criança maculada pelas coisas do mundo (exceto nas brincadeiras com o namorado(a) - claro.) Veja tudo com beleza, e com infinita curiosidade. Descubra novos horizontes e conquiste seus primeiros passos, primeiros brinquedos, primeiros amigos... (Tudo novo, de novo.) Seja birrento e inconsequente com suas vontade e desejos. Esqueça das convenções e se jogue na vida da maneira mais intensa que conse

Fardo.

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Definitivamente, não suporto essas palavras medidas.  Essas formalidades forçadas por sentimentos que foram amordaçados e amarguras que me consomem. Por muitas vezes me dói mais ser esse reflexo indiferente que me transformei, a demonstrar claramente coisas que qualquer um enxerga á distância que me machucam, comovem, incomodam. E talvez, aparente ser mais cômodo estar de cabeça erguida na maioria das vezes, mas ninguém além de mim pode imaginar o esforço inenarrável que é necessário para se erguer a cabeça e fazer brotar um sorriso no rosto depois de mais uma pancada que a vida me dá. Acontece que meu escudo é essa farsa de ser inatingível, e - por Deus - minha cruz pesa provavelmente até mais que a de quem consegue expressar... consegue esbravejar pro mundo sua raiva, seu ódio e suas mágoas. Aquele de certa forma 'cospe' um veneno que quando ingerido, vai matando pouco a pouco, sem misericórdia. Eu, de fato, aprendi que "tenho o direito de ficar chateada, mas isso n