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Mostrando postagens de 2011

Fazer a diferença.

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Parece impossível falar do belo num mundo feio, exaltar o mínimo bem que existe entre tanta maldade, acreditar na essência pura das coisas e pessoas - quando parece inexistente. Mas eu ainda prefiro isso, á não enxergar as minorias, as coisas fundamentais - miúdas - que mantem estruturas inteiras (ou pelo menos a alegria de se ter fé na melhora, a realização de concretizar sonhos que por muito pouco não se tornarão utópicos - por quase nada, na verdade.) Prefiro isso a viver no conformismo com o ruim, na inércia para mudá-lo.  Na exepctativa inutil: de esperar sem se mover, querer sem buscar. Constestar que o mundo é feio, alegar que o humano é mal... não interfere em absolutamente nada na nossa condição de humanos viventes deste mundo. Então, por que não tentar diferente?  Fazer o que se espera que os outros façam, agir mais altruistamente, e plantar a sementinha do exemplo. Valorizar o planeta, respeitar o próximo,  ser gentil com todos os seres, honesto, ativo. caridoso .Prati

Papai Noel.

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Uma década ou mais se passou, desde que fomos apresentados.  Não lembro a última vez que te escrevi, mas tenho certeza que a sensação era exatamente essa que sinto agora... de sonho, fé, esperança! Esse ano (é assim que funciona né Papai Noel?) cometi todos os erros que pude - eu sei.  Fui egoísta, maldosa, preguiçosa, invejosa, rude. Não saldei o dia, não sonhei nas noites. Não bati metas de sorrisos e abraços, julguei em demasia - quando na verdade nem deveria julgar. E nem ao menos lembro de ter perdoado alguém - pelo contrário, briguei com muitos. Algumas poucas vezes tentei meu melhor, não sei ao certo quão melhor eu realmente fui. Mas ajudei uns poucos, e cumpri uma ou duas das minhas promessas do fim de ano.  Rezei (quando precisei de Deus). Amei incondicionalmente minha família (mesmo brigando quase sempre com ela.), e (de maneira na maioria errada) aproveitei a minha vida como a maior graça que já recebi sabe-se lá de Quem (o que) for. Não imagino como funciona seu 'm

Inrrebobinável

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" Havendo modos de voltar atrás, jamais iriamos para frente. " Pois por mais cautela que se tenha; os erros irrecuperáveis, mágoas que não cicatrizam, vontades reprimidas por aquele "poderia ter sido diferente." - nos darão um impulso a refazer, tentar de novo, ou simplemente não ter feito. Nos preencherão de uma sensatez e racionalidade que culpam-nos por ter optado pela vida espontânea e inconsequente, pela genuinidade momentânea. Por não supor que o futuro estaria ali nos julgando nas coisas que fizemos, nas pessoas que marcamos e momentos que "perdemos" de maneira "incorreta".  No entanto - salvo certos deslises - somos capazes de acertar grandiosamente a cada pequeno erro.  Mesmo quando magoamos alguém, ensinamos lições valiosas e vitais para essa pessoa e para nós mesmos. Se temos cicatrizes, elas são marcas de nossas experiências, da utilidade que demos aos momentos, e da significância que atribuimos a vida, ainda que aos trancos e b

Criancidade.

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Era uma sexta a tarde, parece que foi hoje - ou foi. Vinha o entardecer, o final do expediente, o momento de parar... e junto com ele, todo aquele turbilhão de questionamentos desgastantes sobre episódios definitivamente tenebrosos que ocorreram durante a semana.  A personalidade 'espirituosa' de quase sempre, foi dar um passeio sem marcar hora de retorno. E o humor 'gaiatinho' já conhecido e esperado, foi substituído por uma vontade de sumir, esquecer, e só. Não bastasse isso, minha cidade fazendo aquele calor que torraria até o próprio demônio.  Sem dúvida não era o dia de sair de casa para socializar, aliás, não era o dia nem para acordar - de preferência (calma gente, nada de tendência suicida aflorando, apenas um certo autismo conveniente.). Mas minha mãe - meio que por ordem (favor) e aproveitando-se toda a minha apelação interna sobre obrigação moral e emocional - me pediu ajuda, então eu fui.  Fui por três horas acompanhá-la num trânsito caótico, em um carro

A bruxa tá solta.

Não tenho estado no meu momento mais espirituoso ultimamente. Talvez pela primeira vez na vida esteja sendo preenchida por aquele "não pertencer" que assola tantas almas desde os primórdios dos tempos; ou talvez não. Acontece que não me alegro com o sol como costumava ser, e não encontro em meus 'amigos' as verdades que me mantinham. Minha família aos poucos transforma-se de base em complemento, e meio que obrigatoriamente, uma 'adultês' domina meu corpo, minha alma, meus pensamentos e principalmente meu tempo. Tenho crises... existenciais, de ansiedade, de choro, de sono (de muito sono) e de uma inércia devastadora que fica tirando o sabor das coisas que outrora eram inconfundíveis e insubstituíveis. Me falta substancialidade e motivação, me falta essa certeza do hoje miscelada num delicioso mistério da vinda do amanhã.  E me sobra tédio, mesmice, tristeza, medo do que virá e do que não virá. Os dias passam a impressão de estarem vazios, e por mais tumult

Dia de finados.

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Que as velas tenha como combustível para acender suas chamas, as lembranças boas que ficarão para sempre. E que o seu calor aconchegante seja reflexo dos sentimentos que ficaram e serão insubstituíveis enquanto houver vida e verdade neles. Que as flores sejam para lembrar o encanto e beleza da presença constante daqueles que só se foram nos corpos, mas permanecem em espirito. E que se as lagrimas forem derramadas, sejam por alegria, por saudade, pela convicção que embora se esteja separado, já houveram gloriosos dias em que se esteve junto. Que brotem sorrisos de renovação e sabedoria sobre a finitude das coisas, ao se deparar com lápides e sentir novamente o gosto meio amargo (meio necessário) que foi  o adeus, ao tempo em que se lambuza no sabor de voltar a viver apesar de. E que mesmo sendo dia da morte, que a vida seja saudada com a maior intensidade que pudermos, pois ao visitarmos os mortos, perceberemos que ainda estamos vivos, e que isso é genuinamente grandioso, fantástic

Bem, SEMPRE bem.

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Ora, sejamos francos. É sabido desde sempre, que essa coisa de "para sempre" é utópica. Ninguém será essa projeção apaixonante que foi no começo, e nada permanece cativante como costuma ser agora, ou costumava ser a pouco tempo atrás.  A gente tem isso de se apegar ao que sabe que não existe, e querer dos outros o que nem nós mesmos podemos oferecer. De que me valeria eternidade, se o que me mantem viva é justamente o nascer?  O nascer do sol, o nascer dos dias, o nascer de novas pessoas em minha história, de novas situações.  O nascer dos sonhos, e o nascer de realidades vividas, criadas, reinventadas a cada instante.  As coisas simplesmente não nascem se não são mortais, finitas... elas não teriam motivo para tal, se fosse diferente. E embora pareça cruel demais a despedida e a adaptação rigorosa que nos obrigamos a cada nascimento, é como se a morte valesse por si mesma... de lição, de superação, de necessidade! Os calos, cicatrizes e cansaço que ficam, se transfor

PASSAnDO

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Estava decidido que a hora de olhar para trás havia chegado; e isso nada tinha a ver com covardia, ou saudade, arrependimento... Na verdade era só algo inevitável que vinha sendo adiado a tempos, devido a um medo corrosivo de não ser capaz de alegrar-se com a vida que tivera, as conquistas que fez, ou as pessoas que se envolveu. Uma apreensão de ter deixado banalidades dominarem, e as coisas realmente importantes sido esquecidas num trajeto que resolveu seguir por conta própria e assumir consequências. Decidiu voltar-se ao que passou por um motivo muito simples: o aprendizado. Percebeu que o que achava que tinha aprendido já não funcionava tão bem quanto costumava, e as soluções que reservou para as situações vividas, já não eram suficientes. Suas perguntas estavam acumulando-se, e suas pouquíssimas respostas, vinham abrindo espaço para lacunas... faltava plenitude, complemento, finalizações. Não que fosse um problema. Considerando que viver é genuinamente incompleto realmente -

Dia das crianças

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está chegando. Aproveite para se divertir como costumava nos anos dourados da sua infância.  E se eles não foram tão radiantes assim, melhor ainda... aproveite também para reinventá-los como preferir, e usufruir deles como gostaria. Mesmo que só por um ou dois dias, brinque como se disso dependesse sua felicidade. Faça piada, conte histórias, participe de brincadeiras com seus filhos, amigos, namorado(a).... Sorria com verdade e inocência das coisas pequenas que já foram muito engraçadas para você. Seja puro e franco em suas colocações e atitudes, como se nunca tivesse tido sua alma de criança maculada pelas coisas do mundo (exceto nas brincadeiras com o namorado(a) - claro.) Veja tudo com beleza, e com infinita curiosidade. Descubra novos horizontes e conquiste seus primeiros passos, primeiros brinquedos, primeiros amigos... (Tudo novo, de novo.) Seja birrento e inconsequente com suas vontade e desejos. Esqueça das convenções e se jogue na vida da maneira mais intensa que conse

Fardo.

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Definitivamente, não suporto essas palavras medidas.  Essas formalidades forçadas por sentimentos que foram amordaçados e amarguras que me consomem. Por muitas vezes me dói mais ser esse reflexo indiferente que me transformei, a demonstrar claramente coisas que qualquer um enxerga á distância que me machucam, comovem, incomodam. E talvez, aparente ser mais cômodo estar de cabeça erguida na maioria das vezes, mas ninguém além de mim pode imaginar o esforço inenarrável que é necessário para se erguer a cabeça e fazer brotar um sorriso no rosto depois de mais uma pancada que a vida me dá. Acontece que meu escudo é essa farsa de ser inatingível, e - por Deus - minha cruz pesa provavelmente até mais que a de quem consegue expressar... consegue esbravejar pro mundo sua raiva, seu ódio e suas mágoas. Aquele de certa forma 'cospe' um veneno que quando ingerido, vai matando pouco a pouco, sem misericórdia. Eu, de fato, aprendi que "tenho o direito de ficar chateada, mas isso n

Crônicas de uma segunda feira.

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Não sou adepta ao grupo de inimigos da segunda-feira, e até então não tive motivos para me tornar.  Acontece que após um final de semana que já não me foi dos melhores... a semana chega literalmente aos berros depois de uma breve e quase imperceptível noite de sono.  Sabe-se lá por que, o meu maldito despertador resolveu ser temperamental e folgar sem meu consentimento. Até ai é aceitável, se não fosse pelo fato de que a minha poodle também  entrou em greve e não cumpriu seu dever (despertador de emergência) pulando em cima de mim e evitando que toda a confusão já começasse a se formar logo pela manhã.  A porta do meu quarto milagrosamente se trancou - o que me impediu de ouvir o telefone residencial tocando - e as minhas roupas estavam num momento lúdico de querer brincar de esconde-esconde. Em meio a tudo isso, todas as coisas que eu obrigatoriamente tinha que lembrar para a manhã de hoje, tornaram-se poeira de um universo alternativo que só se manifestava quando eu realmente preci

Expressão

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Reparando bem, já me surgem rugas discretas em cantos estratégicos.  Tenho sinais de uma 'velhice' que não me pertence, como se me pesassem anos que não possuo e tempos que não passaram por mim ainda. Os cantos da boca estão marcados, e dos olhos também.  Alguns sulcos na testa, e sobras de pele na região inferior do rosto. Tenho cabelos embranquecendo e manchinhas que se espalham tal como uma epidemia por toda a extensão da minha pele.  Meus dentes e unhas já não são tão fortes quanto eram outrora, e minha saúde nem de longe é das melhores... Mas o curioso, é que por mais que essas coisas não sejam bem vindas na maioria das vezes, eu acabo por aceita-las de bom grado sempre que resolvem vir.  Por que se meus olhos tem marcas, são por todos esses anos traduzindo de maneira única, o conteúdo de uma alma que quase se excede do corpo - quiçá num espaço tão miúdo como o olhar. E se minha boca tem rugosidades, é devido a movimentos intensos entre risos e choros, que deram signi

"Pra dentro da cabeça."

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Acontece que eu sou livre! Ainda que ajam convenções sociais e muita gente pedindo-me satisfações... Sou livre em toda a extensão do meu pensamento, imaginação e querer. Sou livre nas minhas escolhas e opiniões. Na seletividade das pessoas, lugares, horários e coisas que quero para mim. Sou livre para pensar, sou livre para buscar e acima de tudo, sou livre para ficar em paz ou não comigo mesma quando uso ou abuso da minha liberdade. Sou livre para desistir do que quis um dia, e para voltar a querer isto se me for necessário depois. Sou livre para falar o que penso (mesmo que implique consequências) e para desejar ilimitadamente. Sou livre e plena de horizontes e de extensão do céu. De universo e de fé. Livre para errar, para sentir e para me anular ao que eu quiser, por que embora ajam certas persuasões bastante atraentes, quem realmente decide ou não algo para si, é a própria pessoa em questão. Ninguém e nada pode tirar a liberdade de alguém, desde que este alguém saiba muito be

Menina, mulher.

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Saí de casa hoje numa incontrolável vontade de me presentear, brindar a mim, as minhas coisas e existência.  Não é nenhuma data comemorativa, e francamente não é a fase financeira mais propícia a extravagâncias também. Porém, quando se tem um amor e orgulho próprio aflorado como o meu está ultimamente - qualquer dia é dia, qualquer hora é hora, e qualquer fase é sempre a melhor e especial para exaltar as qualidades e conquistas. Para comemorar o simples, grandioso e fantástico fato de se ser mulher e fazer valer está nomenclatura. Por que por mais egoico que isso soe, é exatamente está a sensação. É exatamente assim que se porta toda e qualquer uma da espécie: que está feliz consigo mesma, que tem a consciência tranquila, a alma lavada e as prioridades e opções muito bem definidas - embora seus limites do cartão de crédito não sejam tão bem definidos assim. Ser mulher está muito além de genitais, futilidades e expectativas. Está no 'auto-respeito'; nas convicções principal

...Êêêêêê.

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Das consequências que trago da vida, ela foi uma das melhores. Por que se em algum momento eu realmente plantei bem, amor, carinho, coisas boas e bem vistas aos olhos de Deus... Ele me recompensou com a amizade mais intensa, pura e verdadeira que eu (gostaria) poderia (deveria) ter. Ele me deu uma amiga leal, parceira  e singular. Daquelas que sabem se tornar essenciais sem serem invasivas. Que me apoiam quando eu preciso de apoio, e que me repreendem quando praticamente ninguém mais sabe como fazer, embora seja preciso. Ele me presenteou com uma garota perfeita em seus defeitos. Por que por mais clichê que isso soe, poucas pessoas são tão encantadoras em suas chatices, primitivismos e humor instável. Menos ainda, cativam por serem excessivamente francas e donas de uma razão inatingível, uma teimosia inabalável e um gênio tão forte que não se pode abater.  Constroem com excesso de simplicidade uma relação sólida que o tempo não foi capaz de destruir... ou mantem de reciprocidade

Resiliência

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Eu poderia falar sobre as bobagens que vi pela internet hoje, ou sobre as besteiras de que me alimento todo dia e que detonam minha saúde. Poderia listar minhas milhares de doenças, problemas, angustias, ou mencionar certos elogios avessos que algumas pessoas insistentemente depositam em mim - aparentemente sem motivo. Eu poderia reclamar do fato de que irei trabalhar no fim de semana, ou demonstrar toda a minha indignação com as injustiças e crueldades do mundo. Eu poderia resmungar mais uma vez da minha falta de atitude e inércia quando diz respeito as minhas coisas, ou do meu excesso de dedicação as coisas dos outros - ainda que eles não saibam valorizar isso.  Eu poderia encher este blog com devaneios particulares e superficiais, ou submetê-los a ler lamúrias minhas (um ser humano tão real e de carne e osso quanto vocês.). Poderia contar histórias para dormir - considerando a hora - e poderia contar histórias de terror também considerando isso.  Eu poderia expor meus romances,

Nem tudo são flores...

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É tão estupidamente desconfortável essa sensação de depositar confiança em alguém e esse alguém agir de má fé, ser covarde e/ou fazer-se demasiado de vitima. Você fica com um nó na garganta que lhe entala e corrói. Lhe destrói por dentro em cada mínima célula de desgosto e arrependimento. E você se pergunta sobre justiça, caráter, honra... sobre esses valores que lhe são tão evidentes mas que por alguma razão estão em infinita falta nas pessoas, no mundo como um todo. É como se de repente tudo estivesse ao contrário e isso fosse absolutamente normal.  Tentar ser certo é o mais errado. Ser bom é sinal de ingenuidade extrema, e ser justo é tão absurdamente relativo que poucas ou nenhuma vez você realmente será. As pessoas lhe enganam, são falsas, magoam e decepcionam, mas tudo isso se torna tão comum e normal que o máximo de otimismo que dá para ter nessas horas, é pensar que nada de pior aconteceu a não ser a mesma seboseira de sempre.  E sem se dar conta... você começa a achar is

Manual de sobre(VIVER)cia.

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Apodere-se dá sua vida. Tome rédeas do seu destino como se não acreditasse em planejamentos e modelos escritos previamente. Perceba que você tem um poder ilimitado de transformação para molda-lo como preferir e fazer dele o melhor possível. Acorde de manhã e estabeleça suas prioridades, concretize idéias, seja dono absoluto de suas decisões sem se deixar influenciar por gente que sabe muito menos da sua vida do que possa supor. Saia de casa sabendo que a todo momento será bombardeado de informações e opiniões diversas/divergentes, mas que cabe apenas a si próprio escolher com quais concorda, quais vai aderir, e principalmente qual será a melhor maneira de discordar daquelas que não são boas e para o seu bem. Mantenha relações de modo que estas sejam singulares, proveitosas e autenticas. E que antes de tudo representem algo que transborda de você e que contagia aos outros... Ao invés de serem doações gratuitas e despropositadas de sentimentos que não lhe serve de nada, ou que voc

O Meu.

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Ele é como um garotinho que tem um inocente e contagiante brilho nos olhos quando fala dos seus sonhos, descobertas e planos de vida. Ou como um adolescente que busca aquilo que acredita com toda a sua força, coragem e as vezes, uma rebeldia que embora extrema se faz necessária as suas mais importantes conquistas. Por vezes foi o chato, quadrado e careta que impedia a diversão e as possibilidades enlouquecidas que sugiram. Em outras, foi percursor e principal componente das tais diversões e dos momentos mais loucos, singulares e felizes que eu já tive.  Teve seus momentos de demonstrar sabedoria e passar ensinamentos que me foram e são vitais até hoje, como também teve suas fases de se permitir a erros que deveriam ser meus, mas que ele preferiu enfrentar no meu lugar para que não me ferissem.  Já foi para mim o ser humano mais perfeito. E a criação da perfeição divina, mais humana também.  Já foi minha raiva, revolta, rebeldia; e já foi todo meu respeito, afeto e admiração. Ele

Embolhar.

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Papai sabão juntou-se a mamãe água e me criaram numa bolha. Lá não tem mal, não tem feio e não tem dor, mas tem transparência e toda uma possibilidade visual para as fronteiras inacessíveis do mundo real. Da minha bolha eu enxergo coisas que adoraria nem sequer imaginar que existem. Vejo ódio, violência, preconceito, injustiça. Participo passivamente de uma maldade coletiva que me inclui como 'sociedade', ainda que de dentro da minha bolha e ainda que eu tenha convicção de não fazer parte dela.  Observo o mal e praticamente nada posso fazer para mudá-lo, embora uma motivação incontida dentro de mim me dê esperanças de que existe uma possibilidade minima das pessoas terem bolhas como a minha e poderem proteger a si e aos outros numa estrutura pura, cheia de base amorosa, cuidado e carinho. Há quem diga que toda essa fantasia é prejudicial, no entanto eu prefiro me prejudicar por sonhar demais do que por estourar aquilo que me mantem sã nesse mundo de atrocidades e desespero

Só rir

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Eu me alimento de sorrisos, e quem me conhece sabe disso. Tenho uma necessidade imensa de fazer as pessoas sorrirem e de compartilhar essa sensação com elas. A alegria está para mim como o meu oxigênio, e se consigo contagiar a todos sinto-me tão plena em minhas necessidades que desfruto da prazerosa sensação de mais nada precisar. As vezes soa meio forçado - é verdade, por que nem sempre a felicidade me dá o lisonjeio de sua presença nas coisas, pessoas e situações. Mas eu faço o que posso para conseguir isso ao máximo e sempre que possível.  Me viro do avesso em caretas, piadas, bom-humor - ainda que não seja meu dia mais espirituoso. E eu me jogo, me desordeno em gestos e expressões eufóricos de um querer bem-estar incondicionalmente, e acima de tudo de um querer fazer estar bem também. Isso tem sido bastante saudável e eficiente, como uma fonte de juventude alternativa e inesgotável que me mantem na melhor fase de corpo, alma e idade. E me faz sentir como se fosse capaz de tud

Os menos mais.

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Estou a muito tempo tentando expressar uma indignação contida dessa gente vazia de alma, coração e cabeça que se tornou os exemplares da espécie humana. Até agora um acúmulo de expressões me engasgam e nada consigo produzir a não ser um silêncio preenchedor. Acho que é a forma inconsciente de dizer a mim mesma o quão perda de tempo é falar certas coisas para quem não merece nem meu desprezo, aliás, é a forma de desprezá-los. Acontece que por mais que minha racionalidade e - sem dúvida - superioridade me impeçam de rebaixar-me a certos níveis, há uma grande parcela minha que sente, que sofre e que obriga-se a fazer algo em relação a isso. Por que meus olhos estão tornando-se cegos a injustiças, meus ouvidos tornaram-se surdos a apelos de muito tempo, e meu tato a cada dia que passa se confunde mais no discernimento do certo e do errado. Penso incansavelmente que num dia qualquer posso ser convidada para um almoço em família pelo meu pai e não poderei ao menos sentir vontade de i

Avessos vitais.

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Se alguém te disser que será fácil, não acredite, ou no mínimo desconfie muito. Isso nada tem haver com descrença ou negativismo, mas sim com um utopismo desnecessário e uma inaceitável preguiça de fazer acontecer aquilo pelo qual vale a pena qualquer dificuldade. Pois para cada dia de sol, tem-se outros tantos de chuva. As alegrias só tem sabor real se experimentadas depois de tristezas. E viver só é digno verdadeiramente para quem sabe valorizar isso no enfrentamento de cada impercilho, no crescimento e manutenção constante que nos é necessário. De nada adianta as felicidades dos relacionamentos, se não há amadurecimento para mantê-lo. De nada adianta os prazeres do mundo, se não há sabedoria para dosá-los. De nada adianta as dádivas, se não há gratidão para recebê-las. Tudo está vinculado reciprocamente. Para haver bem, deve haver mal. Para haver luz, deve haver escuridão, e para haver sentido, sem dúvida deve haver dificuldade. Aquilo que é muito fácil, óbvio, ou simples

ERROR

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A gente erra tantas vezes no percurso que mal difere o que foi certo e o que não foi. É como se por índole humana estivéssemos destinados a errar mais e mais, tentados a cair numa redundância infinita que só varia de errar, para o errar novamente. Irremediavelmente - quantitativamente e qualitativamente falando -  quanto mais se erra, mais a gente tende, gosta e se especializa nisso. Tem muito mais haver com a resolução, do que com o fato em si. Tem haver com a sensação de acertar em pequenas doses, aquilo que surgia como sem solução, e pior, causado por nós. A gente erra por omissão, excesso, causa, efeito, consequência, achismo, prevenção, justificativas, por sentimentos e até mesmo por coisas boas - como o amor, a amizade, a consideração, o respeito, relações e a vida. Em absolutamente tudo que se faz, pensa, sente, tem e quer, há um erro inevitável esperando em algum lugar. Cedo ou tarde iremos cometê-lo. E se jogar nele, se afogar e lambuzar nele, mexer e remexer até engros

o(RG)anizar

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O meu guarda roupa estava um caos. Tinham milhões de bugigangas amontoadas indefinidamente, num compartimento que parecia ser minúsculo demais até para suportar só metade delas. Resolvi que estava na hora de mexer naquilo tudo, e como se não houvesse amanhã disponibilizei-me totalmente a retirar cada coisa que estava ali - com todo cuidado para não danificá-las, claro. Enquanto realizava esse processo, inevitavelmente reparei o quão aquele guarda-roupa refletia-me. Faço bem esse gênero: De minúsculo compartimento capaz de guardar e suportar infinitas coisas. Trago em mim detalhes, bobagens, historinhas, momentos, características mínimas que se amontoam cada vez mais e me preenchem. E por incrível que pareça, como se possui-se um buraco negro internamente - capaz de engolir tudo que vier até mim - eu nunca estou totalmente preenchida. O meu guarda-roupa interno difere neste ponto do do meu quarto (ou talvez não.) Ele sempre cabe mais, sempre falta algo, sempre precisa de algo...ou

Controladamente enamorados.

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Eu sou só uma menina quando se refere a minha idade, mas já aprendi e vivi o suficiente para saber que relacionamento não tem absolutamente nada a ver com o que ele vem se tornando atualmente. Conheço garotas muito novas envolvidas em namoros complexos, confusos e sufocantes - aliás, fui uma delas. Ao tempo em que os garotos que também se envolvem nesse tipo de namoro, vão se tornando rancorosos, frios, canalhas. Vejo banalização do sentimento amor de todas as maneiras, e antes estivesse me referindo só a essa "sexualização" exacerbada de tudo. Cada vez mais tem gente que mesmo com todas as oportunidades de desenvolver sentimentos bonitos, os reverte em mágoa, joguinhos de sedução baratos e acima de tudo, numa medida de forças desenfreada que só prova o quão desgastante pode ser querer se tornar o sexo forte. Conheço ainda, pessoas que verdadeiramente se gostam, mas  que simplesmente por não expressar isso de maneira correta e não saber aproveitar e cultivar esse sentim

Tem pô.

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O tempo é meu melhor amigo. A nossa relação é de um sentimento peculiar, irreverente, completo e imortal. Daqueles que domina discretamente e sem magoar. Que envolve, e de modo muito encantador frusta expectativas ao tempo em que as transforma em algo muito melhor, embora diferente do que se esperava. Ele é o tipo de amigo verdadeiro, que não está comigo só para apoiar o que eu faço, penso e quero, mas para ser apoio quando essas coisas não valem a pena ou não dão certo. A gente está sempre junto, se mantendo de mutualidade e aprendizado, por que enquanto eu me disponho a ele, ele vai adquirindo a habilidade de me proteger. E nessa constante troca de benefícios - ou não, os nossos laços vão se estreitando, fortalecendo. Passamos a nos aceitar de maneira nobre e a conviver como quase ninguém hoje em dia consegue: em paz. Pois, por mais que eu o decepcione ou erre com ele, ele está do meu lado. Do mesmo modo que sempre que  me frusto com suas atitudes, consigo confiar e manter a 

Dois mil e OUSE.

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Aquela não foi a primeira vez que me questionava sobre atitudes tomadas por essa impulsividade avassaladora que me domina e me leva a precipícios que de alguma forma eu gosto de estar. Pensei se agora não poderia ser diferente e emergindo a esse pensamento temi estar me enganando de novo, como nas vezes em que havia pensado igual. Mas isso era irrelevante, então arrisquei e me entreguei à possibilidade de dar certo.  Não que eu espere o ‘viveu feliz para sempre’, mas me fascino pela graciosidade do eterno risco que vale a pena, ainda que seja por um instante que compensará todo o resto. Quanto ao final, opto pelo desapego. Estou convicta de que ele é ilusório, inexistente, e estará sempre se desfazendo à medida em que tudo acontece, flui, se cria, reinventa, recomeça e evolui.  Aliás, faço questão de ‘virgular’ as coisas para não pôr fim naquilo que ainda pode ser escrito e que estando ao meu alcance manterei com aspas, hífens, parênteses, dois pontos e uma infinita reticência cham