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Mostrando postagens de outubro, 2012

Parábola do feijão.

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- Imagine comer feijão todo dia. - Bom, você não pode ter uma plantação de feijão e esperar comer arroz. - E se eu quiser mais que feijão? - Então alugue plantações ao invés de ter uma... você pode alugar várias plantações de várias coisas. - Se eu posso comer de tudo, por que vou comprar uma plantação de feijão então? - Você não compra uma plantação ... você cultiva uma. E sim, tem razão, alugar é bem mais fácil e variado... - Então você é a favor que eu alugue várias plantações? - Claro, mas isso inclui a de feijão. E fique sabendo que inquilino não é proprietário,  logo, em épocas que você não cuidar/usar a plantação de feijão, sempre haverá outros interessados em aluga-la e poderão fazê-lo. - Mas eu quero que a plantação de feijão seja minha. - Mas você não quer ela todos os dias, ou quer? - ...Imagine comer feijão todo dia... - Pois bem... cada inquilino come um dia então. - E se eu quiser ter mais de uma plantação ao invés de alugar? - Veja bem, plantações despendem

Sobre assumir-se.

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Eis a era da auto-afirmação! Era em que definir-se como pertencente a algo ou alguém é sinônimo de esbofetear na cara do mundo as características,  preferências, condições e consequências das nossas escolhas.  Em que o pertencimento é proporcional a divulgação - não a intensidade.  Em que o "ser de" automaticamente transforma em "ser anti a". Em que a necessidade de mostrar-se e firmar-se em algo é bem maior que a satisfação do ser em si - e da certeza do ser. Era em que a gay, se porta como gay, se veste como gay, fala como gay e insuportavelmente mostra o que é ser gay. Além é claro, de abominar a 'heterossexualidade atrasada'. Era em que o ateu discursa mais que evangélico (sim, falando preconceituosamente mesmo.), briga mais que lutador de UFC e inutilmente tenta de todas as formas mostrar sua superioridade perante 'alienados da religião'. Era dos religiosos fanáticos, insistentes e donos da razão. Daqueles que 'vão para o

A caixa (2006)

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* A caixa de hoje - retratada no velho caderno da jovem aspirante a poeta.* Quero pôr em uma caixa tudo o que me lembra você. Quero pôr em uma caixa também o que já tentei esquecer. Quero por em uma caixa tudo o que já me fez sonhar. Quero por em uma caixa aquilo que cheguei a acreditar. Quero pôr em uma caixa a minha vida por inteiro. Desde o maior auge, até momentos de desespero. Quero pôr em uma caixa os meus sonhos em geral. Quero pôr em uma caixa aquilo que também já me fez mal. Quero pôr em uma caixa tudo o que já foi meu passado. Quero pôr em uma caixa tudo que por mim foi amado. Quero pôr em uma caixa coisas boas e ruins. Quero pôr em uma caixa a minha vida até o fim. E nessa mesma caixa eu quero pôr você. Só para guardar de lembrança e nunca mais te esquecer. Junto com todo o resto que me faz te lembrar. E que deixa comigo a lição de saber amar. Só não deixo nessa caixa o que vivo agora, meu presente. Pois, simplesment