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Beijar a flor e provar o fel... ou o mel.

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Estava no meu quarto quando escutei o murmuro de dó vindo lá da cozinha: - Aaaaw, um beija-flor. Era minha mãe pontuando aquele hóspede inesperado no nosso apartamento, inesperado e desesperado, vale salientar. O pobre pássaro estava em uma agonia de dar dó mesmo, se debatendo em meio a luminária, desesperado para sair dali e acuado demais para fazê-lo, começou então a operação resgate daquele serzinho para que ele voltasse a beijar suas flores lá em baixo, no jardim, imaculado, inteiro, sem machucados... Mas como lidar com uma criatura tão miúda e tão aparentemente frágil? O mundo é demasiado bruto e grande para algo tão delicado, ainda assim ele existe e estava ali com o destino na mão desse mesmo mundo. Bolei planos com minha mãe para podermos capturá-lo sem causar-lhe nenhum dano e começou aquele corre, sobe, desce, pega, larga, voa, cai no meio da nossa cozinha... O beija-flor parecia não entender que não estávamos tentando lhe fazer mal, e nem poderia, quantas pessoas re