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Tem dias que não são fáceis, definitivamente. O cotidiano nos engole, os amigos se afastam, as bases estremecem e uma confusão interna parece chegar na intenção de destruir tudo que ainda continuou de pé. A gente acha que não pode mais com nada, que não aguentaria a minima suposição de mais uma divergência, erro, mágoa. E isso se estende por dias, semanas, meses, tempos, fases. Se estende até que consigamos reunir forças suficientes para perceber que o céu não desabou, que o mundo continuou girando, e que embora numa irregularidade insandescida, a vida está seguindo seu fluxo em direção ao futuro. A gente percebe que não vale parar no tempo, se ele não para para nós. Aliás, parar não é uma opção, e perder as oportunidades de renascer e se renovar não fazem parte desse complexo e encantador ciclo da existência. Quase que de maneira impossivel ergue-se a cabeça com o coração ainda dolorido, e tenta-se esquecer as feridas ainda expostas, na esperança de que vai passar, compensar,