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Mostrando postagens de novembro, 2011

Criancidade.

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Era uma sexta a tarde, parece que foi hoje - ou foi. Vinha o entardecer, o final do expediente, o momento de parar... e junto com ele, todo aquele turbilhão de questionamentos desgastantes sobre episódios definitivamente tenebrosos que ocorreram durante a semana.  A personalidade 'espirituosa' de quase sempre, foi dar um passeio sem marcar hora de retorno. E o humor 'gaiatinho' já conhecido e esperado, foi substituído por uma vontade de sumir, esquecer, e só. Não bastasse isso, minha cidade fazendo aquele calor que torraria até o próprio demônio.  Sem dúvida não era o dia de sair de casa para socializar, aliás, não era o dia nem para acordar - de preferência (calma gente, nada de tendência suicida aflorando, apenas um certo autismo conveniente.). Mas minha mãe - meio que por ordem (favor) e aproveitando-se toda a minha apelação interna sobre obrigação moral e emocional - me pediu ajuda, então eu fui.  Fui por três horas acompanhá-la num trânsito caótico, em um carro

A bruxa tá solta.

Não tenho estado no meu momento mais espirituoso ultimamente. Talvez pela primeira vez na vida esteja sendo preenchida por aquele "não pertencer" que assola tantas almas desde os primórdios dos tempos; ou talvez não. Acontece que não me alegro com o sol como costumava ser, e não encontro em meus 'amigos' as verdades que me mantinham. Minha família aos poucos transforma-se de base em complemento, e meio que obrigatoriamente, uma 'adultês' domina meu corpo, minha alma, meus pensamentos e principalmente meu tempo. Tenho crises... existenciais, de ansiedade, de choro, de sono (de muito sono) e de uma inércia devastadora que fica tirando o sabor das coisas que outrora eram inconfundíveis e insubstituíveis. Me falta substancialidade e motivação, me falta essa certeza do hoje miscelada num delicioso mistério da vinda do amanhã.  E me sobra tédio, mesmice, tristeza, medo do que virá e do que não virá. Os dias passam a impressão de estarem vazios, e por mais tumult

Dia de finados.

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Que as velas tenha como combustível para acender suas chamas, as lembranças boas que ficarão para sempre. E que o seu calor aconchegante seja reflexo dos sentimentos que ficaram e serão insubstituíveis enquanto houver vida e verdade neles. Que as flores sejam para lembrar o encanto e beleza da presença constante daqueles que só se foram nos corpos, mas permanecem em espirito. E que se as lagrimas forem derramadas, sejam por alegria, por saudade, pela convicção que embora se esteja separado, já houveram gloriosos dias em que se esteve junto. Que brotem sorrisos de renovação e sabedoria sobre a finitude das coisas, ao se deparar com lápides e sentir novamente o gosto meio amargo (meio necessário) que foi  o adeus, ao tempo em que se lambuza no sabor de voltar a viver apesar de. E que mesmo sendo dia da morte, que a vida seja saudada com a maior intensidade que pudermos, pois ao visitarmos os mortos, perceberemos que ainda estamos vivos, e que isso é genuinamente grandioso, fantástic