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Mostrando postagens de julho, 2017

Aquele botaozinho.

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 Ja reparou como, independente do que voce faca ou quem voce seja, sempre tera alguem para te julgar ou ate mesmo te xingar?  Desenvolvi essa teoria na adolescencia e diferente da maioria das teorias que a gente desenvolve com os hormonios a flor da pele, essa foi uma das poucas que se confirmou com o passar dos anos: Nao importa o quanto voce tente seguir todas as regras e agradar todo mundo, voce sempre deixara alguem insatisfeito e esse(s) alguem(s) sempre ira(o) ver o pior de voce - ou criar algo ruim sobre voce.  Posso citar varios exemplos, pessoais ou nao.  Como uma amiga minha que  é  super gente boa, alto-astral, amigavel, bem-resolvida, feliz profissionalmente e no amor, mas fica ofuscada atras do rotulo de gorda que as pessoas colocam nela independente da consquista que ela fizer.  "Como aquela orca consegue isso e eu nao?"  "Uma gorda dessa, nao sei como consegue alguem que queira"  "Gorda sebosa!".   Ou um outro conhecid

O lugar para correr.

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Eu tinha 14 anos, talvez menos.   Os hormonios borbulhavam num temperamento que sempre foi questionador e o lugar que deveria ser meu refugio e a minha paz, tinha se tornado meu tormento. Era briga, discussao e exigencias o tempo todo. Era atrito, era convivencia forcada e um dia me peguei fugindo de la. Corri dali como uma insana. Descalca, descabelada, com a roupa que estava no corpo e nada mais. Corri sem rumo, sem certeza nenhuma de onde pararia. Corri e cheguei (por acaso?) a casa de uma parente. Molhada de suor, lagrimas e chuva. Exausta, entalada... Fui recebida e acolhida, mas no fundo sabia que nao era para estar ali entulhando os outros com os meus problemas. Descobri portanto, naquele dia, que a gente sempre precisa de um lugar para correr. Um lugar para restaurar a paz, a sanidade, a respiracao. Um lugar que seja nosso, so nosso.  Diferente de casa, diferente de familia, diferente de lar. Esse lugar tambem  è  abrigo, mas  è  abrigo particular. E nao precisa ser fi

Mulher de vida perfeita.

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Acordei as 7:00. Alias, venho acordando nesse horario de domingo a domingo. Sono ta acumulado de pelo menos umas 3 semanas atras. Nada demais. Tanta gente que acorda mais cedo e nao se importa mais.   O cliente comecou a chamar as 6:30 da manha cheio de requisicoes. Trabalho em casa, entao me dei ao "luxo" de poder ignora-lo ate as 7:00. Levantei, fiz aquele xixi rapidao e ainda despenteada, sem escovar os dentes, ja comecei a rotina insana que tem sido minha jornada. Corre pro escritorio, libera as coisas do cliente. Prepara cafe, meu, do marido, dos 'filhos'. Todo mundo ok? Entao ta. Corre para limpar a casa, ainda tenho 30 minutos para fazer uma faxina e deixar tudo apresentavel para a proxima reuniao. Trabalhar em casa  é  assim mesmo, n é ? Faxina feita, faltavam quatro minutos para chegarem. Mensagem recebida que estao chegando, corre escovar esses dentes e pelo menos amarrar esse cabelo. Chegaram.  Uma hora de reuniao, mais uma hora de tentativas alterna

Nua e crua.

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 Batemos essa foto ontem. Era um momento feliz, cheio de amor, alegria e tranquilidade, pensei que seria um bom registro e tudo parecia lindo para uma foto. Fiquei feliz com a ideia, fiquei feliz com a acao, fiquei feliz ate fazendo pose ao lado dele. Fiquei feliz 90% do processo, ate que fui conferir o resultado...    "Talvez se eu retoca-la, photoshopa-la. Limpar essas estrias. Diminuir a cintura, reduzir culotes e suavizar a bunda. Talvez se as medidas fossem menores, a felicidade aparecesse mais. Talvez se eu fosse mais magra, mais nova, mais saudavel. Talvez..." E a chuva de talvez comecou a me incomodar, reduzir a importancia de todas as certezas que estavam ali: A uniao da familia. A plenitude de uma vida vivida sem ficar se regulando, se lamentando, se questionando. O amor solido e respeitoso que temos um pelo outro - e pelas nossas gordurinhas e estrias e cabelos brancos ou falta dele.    Essa chuva de talvez me fez esquecer por um momento de que cada ma