Fazer do que foi feito.



Me contaram sobre jovens que deram suas vidas por uma causa.
De porcas que de tão gorda não andavam e de cálices de vinho tinto de sangue derramados por ai.
Me contaram de um tempo que teoricamente se passou, mas que deixou suas marcas, histórias, exemplos. 

Do sofrimento, da luta, revolta, revolução pela democracia, pela liberdade. 
A tão comum liberdade - ou o que pensamos dela - nos dias atuais.

Me contaram de pessoas envolvidas em escândalos, de mortes, torturas e de tudo o mais que houve para chegarmos a "evoluída" sociedade de hoje. 
Soube de gente que esteve lá e que consegue contar sobre isso, de gente que não esteve mas que imagina como seja...  Sempre de gente, e nada mais. Gente pelo 'bem', pelo 'mal', por sua honra e glória naquilo que acreditavam da nossa pátria amada e idolatrada, independente dos vilões ou mocinhos. 

Ouvi por vezes minha geração idolatrar épocas, símbolos, sonhos, mas poucas, ou nenhuma - vi essa mesma geração fazer algo minimamente parecido com aquilo que tanto admiram. 

E não, eu não sugiro ou quero sangue, torturas, greves e guerras. 
Eu não quero violência, ditadura, repressão... Eu quero aproveitamento, iniciativa, além da gratidão!
Quero gente que pegue essa liberdade tão sofrida e faça algo de útil com ela. Que a aproveite, a transforme, a tire da teoria e faça acontecer!
Gente que chegue para mim e conte não do que foi feito, mas do que está fazendo com o que foi feito. Que desarme em abraços e sorrisos, mas que diga e defenda a verdade incondicionalmente. Que tenha suas causas particulares, mas que apoie as que forem de fato para a felicidade geral da nação. Que aja de acordo com princípios e honras não deturpados por um sistema, mas guiados exclusivamente por um coração humano, amável e comum a todo e qualquer exemplar da espécie humana - embora mal utilizado em alguns casos.

Que valorize também as aulas de história, mas que queira acima de tudo fazer a história, pois esta nunca tem um ponto final. Esta está repleta de novos capítulos a serem escritos e parágrafos inacabados. Esta está acontecendo agora enquanto a gente conta a de outras pessoas em outros tempos. Esta deveria ser a base para o além do infinito e não o que acabou displicentemente se tornando: capa para covardia e preguiça dos acomodados.

Tudo isso, enquanto nós permitirmos. Enquanto nós sucumbimos, nos calamos e dizemos amém. Enquanto nós largamos sonhos por ter se deixado (des)aprender a sonhar. 
Por ter aberto mão daquilo que é nosso por direito, por conquista, por glória: nossa democracia!

( Parábens ao poder da comunicação! Parabéns a essa "gente que".... #foramicarla / #xoinseto / #combustivelmaisbaratoja e tudo mais que tem sido conquistados pelo brilhantismo e batalha de uma população que vem fazendo acontecer!)

Vamos lá fazer o que será. ♪ Cada vez mais!





Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Beijar a flor e provar o fel... ou o mel.

InsanTidade.

Parábola do feijão.