Anseios postumos.
E morto tem vontade? Voce deve estar se perguntando.
Bom, se voce acreditar que alem do corpo tem uma alma, por certo que sim, morto tem vontade.
Tem divida, tem planos... Ou voce acha que o espirito que deixa o corpo, segue tranquilo sem considerar tudo que foi deixado (ou nao completado) em sua estadia na terra?
Pois bem. Pandemia daqui, corona de acula, tenho escutado nos ultimos meses o que nao escutei na vida inteira sobre essa tal de morte. Todo mundo achando que vai morrer, e vai mesmo! Nao vai? Mas pode ser amanha, ou daqui a cinquenta anos. Pode ser de "morte morrida", de um acidente terrivel, de um coma de anos, a gente nao sabe, nem vai saber, ate acontecer... Percebe a fluidez? Percebe a incerteza? Percebe o nosso total descontrole sobre essa situacao?
Particularmente, nao sei como, quando, ou onde vou morrer. Nem quero. Imagina a loucura na cabeca? A pressao inenarravel e desumana de tentar concertar tudo com data marcada, com tempo certo. Que venha incerto entao, pela leveza do nosso ser. Pelo direito de viver cada segundo como se fosse morrer no proximo e fazendo o que a gente quer, o que a gente acredita, o que a gente realmente é. Que seja incerto. Tao incerto quanto somos. Tao inconstante quanto somos, e ao mesmo tempo, tao solido quanto a certeza da nossa fluidez, das nossas imperfeicoes... E que quando a gente chegar la, seja la onde for, que seja certo e solido como o nosso presente. O unico e absoluto que somos capazes de lidar e chamados a amar com todos os percalcos e espiacoes que isso involve... Que o unico anseio postumo que tenhamos, apesar de todos os nossos erros, de tudo que a gente (acha que) deixou incompleto, seja que quem ficar aqui, viva bem, viva mais, viva feliz... ate nos reencontrarmos novamente.
Bom, se voce acreditar que alem do corpo tem uma alma, por certo que sim, morto tem vontade.
Tem divida, tem planos... Ou voce acha que o espirito que deixa o corpo, segue tranquilo sem considerar tudo que foi deixado (ou nao completado) em sua estadia na terra?
Pois bem. Pandemia daqui, corona de acula, tenho escutado nos ultimos meses o que nao escutei na vida inteira sobre essa tal de morte. Todo mundo achando que vai morrer, e vai mesmo! Nao vai? Mas pode ser amanha, ou daqui a cinquenta anos. Pode ser de "morte morrida", de um acidente terrivel, de um coma de anos, a gente nao sabe, nem vai saber, ate acontecer... Percebe a fluidez? Percebe a incerteza? Percebe o nosso total descontrole sobre essa situacao?
Particularmente, nao sei como, quando, ou onde vou morrer. Nem quero. Imagina a loucura na cabeca? A pressao inenarravel e desumana de tentar concertar tudo com data marcada, com tempo certo. Que venha incerto entao, pela leveza do nosso ser. Pelo direito de viver cada segundo como se fosse morrer no proximo e fazendo o que a gente quer, o que a gente acredita, o que a gente realmente é. Que seja incerto. Tao incerto quanto somos. Tao inconstante quanto somos, e ao mesmo tempo, tao solido quanto a certeza da nossa fluidez, das nossas imperfeicoes... E que quando a gente chegar la, seja la onde for, que seja certo e solido como o nosso presente. O unico e absoluto que somos capazes de lidar e chamados a amar com todos os percalcos e espiacoes que isso involve... Que o unico anseio postumo que tenhamos, apesar de todos os nossos erros, de tudo que a gente (acha que) deixou incompleto, seja que quem ficar aqui, viva bem, viva mais, viva feliz... ate nos reencontrarmos novamente.
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