Ilumina-nos.

Lá vem mais um dia daqueles - penso do que logo cedo tende ao erro e ao desgaste.E do que virou rotina, infelizmente. ( Sem me dar conta acabei me acostumando com isso, e só percebo quando tudo ao meu redor começa a reinvindicar a tranquilidade vital.)

O carro quebra, as contas chegam (cada vez mais), o dinheiro é escaço, e os sonhos são demasiado caros e complexos - além de um gostinho fútil que deixam entre tanta responsabilidade e necessidade. 
Abro mão do laser na busca desenfreada da compensação por produção. Esqueço datas comemorativas para substitui-las por compromisso inadiáveis. Não tenho tempo para amigos, família, saúde, alegrias, aliás, não tenho para mais nada que não seja suficientemente enlouquecedor quanto me estressar, preocupar, cobrar.

Me entristeço, esmureço, me desloco espremida entre uma rotina apertada e a felicidade castrada descaradamente. Não me reconheço diante do espelho, e não me encaixo mais nas idéias que fazia de mim mesma - ou ao menos do que eu esperava ser um dia.



Ainda assim, tenho luz dentro de mim. Uma chama quase imperceptivel que me faz parar a caminho do trabalho para ajudar idosos com dificuldade de correr com o mundo. De prestar atenção na dor dos outros com uma compaixão de quem as sente também. Que me faz querer que os problemas em casa se resolvam não para um bem só meu, mas por uma paz para todos. 

Uma luz que me guia em direção a justiça irrenegável, a solidariedade sem amarras, sem freios - e a uma fé na melhora, no bem, que quase compensa tanta escuridão. Que clareia idéias até diante das maiores tempestades, revigora e reafirma um carater iluminado, mesmo quando tudo despeja escuridão sobre mim. Do tipo que queima por dentro clamando por aquecer aquilo que se congelou, que se esqueceu friamente, como algo surpefluo e dispensável. Que me lembra dos meus princípios, objetivos, e missões, ao tempo em que atrai oportunidades de percebê-los, executá-los, reanimá-los incondicionalmente.

Enfim, a luz que resiste ao mundo inteiro só para provar que, como diria a música: Não haveria luz se não fosse a escuridão. E nada nem ninguém ofusca o que tem por sina brilhar, brilhar e cada vez mais continuar brilhando. 

Sendo assim então, que seja ela contagiosa, contagiante, e infinitamente e proporcionalmetne crescente a cada vez que as trevas quiserem dominar.

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