Piloto automático



É quando tudo parece igual e nada mais é relevante.
É quando a gente acha que não tem mais a perder e mesmo que perca, já não se importa tanto.
É quando tudo está mecanizado, não há vontade nas ações, nem desejo pelas conquistas.
Sonho se torna futilidade e correr atrás deles é fora de cogitação.
Amor, amizade, sonho, justiça, realizações são algum tipo de utopia.
É quando cansamos de discutir pelo o que acreditamos, ou paramos de defender o que protegemos  por que achamos que nossa intervenção é dispensável.
Quando alegria é forçada e gentileza conveniente.
Quando não existe mais um domínio sobre o que se diz, sobre o que se faz, simplesmente por que não existe força ou coragem para dominar.
Quando a gente desacredita, cai, esmorece, se apaga, se anula.
Quando pacionalidade é sinônimo de opinião e conformismo vira atitude frequente.
É quando se dorme por dormi e se acorda por falta de opção.
Quando a gente tem vontade de sumir, apagar, esquecer...
O que a gente fez não importa. O que a gente faz não acontece. O que a gente fará não existe.
É tudo aqui, agora, já... e tudo é simplesmente nada.



Piloto automático é meio quando a gente 'cai na real', só que numa real tão drástica que nos impede até de mudá-la, reinventá-la... Nos impede de pilotar a um ponto que a gente já não se importa para onde isso está nos levando.

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